Vereadores visitam área para reassentamento de moradores que vivem no entorno da via
Cerca de 2.100 famílias que vivem às margens do Anel Rodoviário de Belo Horizonte podem ser transferidas para uma área de 100 mil metros quadrados, no bairro São Gabriel II, na região nordeste da cidade.
Cerca de 2.100 famílias que vivem às margens do Anel Rodoviário de Belo Horizonte podem ser transferidas para uma área de 100 mil metros quadrados, no bairro São Gabriel II, na região nordeste da cidade. Durante visita técnica ao local, nesta terça-feira (31/05), a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, acompanhada de moradores e representantes da Prefeitura e do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) verificaram as condições do terreno, que pertence à União e seria utilizado para construção de uma linha ferroviária.
Os vereadores Adriano Ventura (PT) e Reinaldo “Preto do Sacolão” (PMDB) e a vice-presidente da Comissão, Neusinha Santos (PT) analisaram as propostas da Compania Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel) e do Denit para os moradores. Ao todo, são 15 vilas, totalizando três mil famílias que vivem no entorno do anel. Muitas delas não querem sair do local onde moram há anos e reclamam que o terreno apresentado não possui infraestrutura suficiente para comportar as novas moradias.
“Se essas famílias ocupassem essa área, de maneira repentina como se está anunciando, não haverá atendimento suficiente para atender a toda essa demanda”, afirmou o vereador Reinaldo “Preto do Sacolaõ”, que mora no bairro.
Neusinha Santos, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, aprovou o terreno, mas disse que é preciso verificar a oferta de serviços públicos de saúde, educação e transporte na local.
”Nós vamos continuar esse diálogo, entre Câmara, Dnit e moradores, será feito um projeto, que pode, inclusive, ser alterado, uma vez que o Dnit nos informou que existem recursos disponíveis para a construção de novos equipamentos comunitários nessa região”, disse.
Durante a visita técnica, o analista de infra-estrutura do Ministério dos Transportes, Robson Santana, confirmou que, dentro do orçamento do governo federal destinado à Prefeitura para o programa de reassentamento, estão previstos recursos para ampliação de postos de saúde, escolas e realização de obras viárias.
Santana informou ainda que o terreno comporta todas as famílias do anel rodoviário, mas a prioridade nesta área é dos moradores da Vila da Luz e Vila da Paz, que ficam mais próximas ao bairro. Outra opção são as áreas próximas à rodovia, onde é possível a realização de permutas entre a Prefeitura e a iniciativa privada.
A remoção das famílias do entorno do Anel Rodoviário, em função das obras de revitalização da via, está prevista para começar em julho de 2012 e conclusão em agosto de 2014. O custo será de R$ 295 milhões, sendo R$ 45 milhões apenas para compra de terrenos pela Prefeitura. Um convênio do DNIT com a Urbel irá viabilizar essa retirada.
Para o vereador Adriano Ventura, independentemente da forma de indenização adotada, o melhor é que as famílias sejam assentadas próximas ao local onde moravam.
Superintendência de Comunicação Institucional