Vereadores falam sobre conquistas e desafios no aniversário da região
{mosimage}Venda Nova vai completar seu tricentenário no dia 13 de junho. Mais velha que a capital de Minas, que tem apenas 113 anos, a região coleciona histórias do ciclo do ouro e vivencia boas perspectivas de crescimento. Vereadores de Belo Horizonte acreditam que o momento é de comemorações, mas lembram carências da comunidade local e cobram reforços na saúde, na segurança e no transporte público.
{mosimage}Venda Nova vai completar seu tricentenário no dia 13 de junho. Mais velha que a capital de Minas, que tem apenas 113 anos, a região coleciona histórias do ciclo do ouro e vivencia boas perspectivas de crescimento. Vereadores de Belo Horizonte acreditam que o momento é de comemorações, mas lembram carências da comunidade local e cobram reforços na saúde, na segurança e no transporte público.
Venda Nova nasceu do caminhar de tropeiros que vinham de vários lugares do país e passavam pela região com gado e mercadorias, como fumo e açúcar, para abastecer importantes cidades como Sabará, Mariana e Ouro Preto. Uma das versões para o nome atual da região é que com o aumento do número de tropeiros foi construída no local uma “venda nova” para atender os viajantes.
A sesmaria que deu origem ao distrito foi doada a Ignácio da Rocha Feyo pelo reino de Portugal, em 23 de janeiro de 1711. Ao longo dos anos, Venda Nova pertenceu a Sabará, Santa Luzia e Ribeirão das Neves, antes de ser definitivamente anexada à capital, em 1948, atendendo a reivindicação da comunidade local. Apesar das características de grande metrópole, os ares de cidade do interior permanecem vivos ainda hoje, como contam vereadores que nasceram na região ou têm décadas de convívio com o lugar.
“O que é mais marcante em Venda Nova é o orgulho das pessoas de pertencer à região. Esse sentimento cria uma identidade regional que não se vê em outros pontos de Belo Horizonte” fala com carinho o vereador Iran Barbosa (PMDB). A “atmosfera interiorana” também é lembrada por João Oscar (PRP), assim como a “amizade entre as famílias”, ressaltada por Alexandre Gomes (PSB), 1º vice-presidente da Câmara Municipal e vereador desde 1992.
As memórias da região mais antiga de BH estão reunidas em fotos, desenhos e pinturas expostas no Legislativo da capital, por iniciativa da Fundação Municipal de Cultura. No próximo dia 14, às 20h, a Câmara Municipal homenageia o Movimento Cultural de Venda Nova em reunião solene, por iniciativa do vereador João Bosco Rodrigues (PT).
“Nas últimas eleições municipais, os moradores de Venda Nova elegeram uma bancada expressiva de vereadores, que trabalham, ora conjuntamente, ora individualmente, para conseguir melhorias para a região”, comenta Silvinho Rezende (PT), que exerce seu quinto mandato como vereador.
O parlamentar destaca conquistas recentes que tiveram participação dos parlamentares de BH: ampliação do metrô; duplicação da Avenida Vilarinho; implantação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Venda Nova no antigo prédio do Hospital Dom Bosco; restauração do velho Casarão Azul e Branco para funcionamento de uma Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI); criação do 49º Batalhão de Polícia Militar; atendimento de pronto-socorro no Hospital Risoleta Neves; e inauguração de uma maternidade municipal no ano que vem.
Momento promissor
Com tradição no comércio, a região reforçou sua vocação econômica, com 4.206 pontos varejistas, 499 atacadistas, 4.102 prestadores de serviços e 286 indústrias. O fortalecimento da economia foi acompanhado pelo desenvolvimento da infraestrutura, com grandes obras viárias, unidades de saúde e escolas. Hoje, os moradores podem resolver quase todos os problemas na região, sem a necessidade de ir ao centro da capital. Bancos e shoppings dão suporte à população.
Com a inauguração da Linha Verde e da Cidade Administrativa, além da ampliação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, Venda Nova deve atrair mais investimentos nos setores imobiliário, comércio e serviços. A previsão é de que aproximadamente 15 mil vagas sejam abertas até 2015.
“Nossa expectativa é que o desenvolvimento do vetor Norte permita a geração de emprego e renda para os moradores de Venda Nova”, pontua o vereador João Bosco Rodrigues (PT), conhecido como “João Locadora” por causa de sua rede de locadoras na região. Apesar das boas perspectivas, o parlamentar se mostra preocupado com o processo de ocupação de Venda Nova: “A ocupação tem que ser ordenada, por isso atuamos intensamente na revisão do Plano Diretor e Lei de Uso e Ocupação do Solo que definiram novos critérios para o adensamento do local”.
Desafios a superar
A área da saúde em Venda Nova conta com o Hospital Risoleta Neves, que passará a atender como pronto-socorro, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Venda Nova e 16 centros de saúde. Para o vereador João Oscar, que mora na região há 46 anos, a saúde enfrenta um déficit no atendimento.
“Além de termos apenas uma UPA e de faltar equipamentos nas unidades de saúde, é preciso atender pacientes de cidades vizinhas como Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Vespasiano e Sabará”. Médico há 30 anos na região, Alexandre Gomes confirma a necessidade de mais investimentos na saúde: “precisamos de maior atenção do governo do Estado para resolver o problema, que pode se agravar com o crescimento que ainda virá”.
O vereador Autair Gomes (PSC), que desenvolve trabalhos assistenciais na região, lembra ainda das enchentes freqüentes na Avenida Vilarinho e dos prejuízos causados a moradores e comerciantes. Ele também cobra mais investimentos em segurança pública, com reforço do patrulhamento.
Demandas de mobilidade urbana como deficiências do transporte coletivo e congestionamentos nas principais vias de acesso a Venda Nova, além da espera pela implantação do Parque Serra Verde (contrapartida prometida pelo governo do Estado em função da construção do Centro Administrativo) também são alvo de críticas por parte dos parlamentares.
Superintendência de Comunicação Institucional