Empresários, trabalhadores e administradores participam de seminário na Câmara, em 21/05, e avaliam crise em BH.
Na segunda reportagem sobre o seminário “Belo Horizonte e a crise econômica: impactos e superação”, realizado em 21 de maio, na Câmara Municipal, você acompanha como a crise vem impactando representantes dos mais diversos setores, que participaram do evento.
Empresários
Com relação ao comportamento do consumidor, Guilherme Santos de Lacerda, empresário do setor ótico e proprietário da Optical Express, relatou que, pelo óculos ser um bem de valor aquisitivo maior, com a crise, as pessoas ficam mais precavidas em comprá-lo. “As vendas caíram cerca de 15% em relação aos anos anteriores. A crise influencia o emocional das pessoas, que preferem gastar mais com produtos alimentícios, vestuário, do que com um bem de poder aquisitivo maior”, avaliou Guilherme. Ele afirmou que a crise foi disseminada pela imprensa; “...mas, o seminário vai nos embasar quanto a medidas que possamos tomar daqui para a frente”, concluiu.
Representantes dos trabalhadores
De acordo com Wagner Francisco Alves Pereira, secretário da Executiva Nacional da União Geral dos Trabalhadores, o seminário também foi importante, pois discutiu um processo que está acontecendo no país. Mas, ressaltou que, apesar de todo o impacto da crise, que é divulgado, setores do governo e empresários alegam que ela não será tão forte, já que o Brasil é um país emergente e aponta para um PIB positivo. “De certa forma, isso também atinge os trabalhadores, porque a queda do PIB em 5%, certamente está gerando desemprego. Mas, temos lutado para que as empresas respondam por sua participação no social, e não descarreguem em cima dos trabalhadores todo o processo da crise”, enfatizou. Wagner considerou, por fim, que a crise será sanada ou diluída, no restante do ano de 2009, quando, segundo ele, apontam-se melhorias para o ano de 2010.
Conselho Regional de Administração
“Não estamos totalmente vacinados contra os efeitos da crise. Mas, estamos confiantes na possibilidade do Brasil superar alguns efeitos com mais comodidade e mais conforto, porque o Brasil se preparou para momentos difíceis”, constatou Célia Correia, do Conselho Regional de Administração. Ela destacou, ainda, que os administradores, gestores de empresas, aprenderam a enfrentar essas situações difíceis com um bom planejamento e com uma ação eficaz, que são, também, princípios da administração. “É necessária a contratação de grandes administradores, pois temos que fazer uso dos princípios básicos: planejar, organizar, coordenar ou liderar, e controlar. Um bom exercício desses quatro princípios é o suficiente para dar uma injeção de ânimo às organizações, concluiu Célia.
Sérgio Campos, também membro do Conselho Regional de Administração, analisou, por sua vez, que “...existe sim um cenário difícil, mas temos que continuar olhando para a frente e buscando alternativas para driblar esse cenário, não com demissões e sim com a criação de novos empregos e com a criação de projetos, o que, com certeza, vai fazer com que a economia circule”, analisou Sérgio. Para ele, empresas com profissionais de formação qualificada, como os administradores, conseguem driblar momentos menos favoráveis como este, ou, até mesmo, já estavam preparadas para enfrentá-lo.
Na terceira reportagem, você confere como a crise atingiu universitários, regionais, representantes dos trabalhadores e casas legislativas.
1ª Matéria
3ª Matéria
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