Entidades do setor apresentam planejamento estratégico para TI na capital

As propostas do planejamento estratégico elaborado pela Fundação Dom Cabral para fortalecer e expandir o mercado de Tecnologia da Informação (TI) na capital foram apresentadas à Comissão Especial de Estudo sobre o tema, instituída na Câmara Municipal de Belo Horizonte. A criação de uma agenda de trabalho com atividades e pautas previstas até dezembro deste ano foi definida durante a reunião desta quinta-feira (14), a primeira depois da instalação da comissão, presidida pelo vereador Tarcísio Caixeta (PT).

Segundo Tarcísio Caixeta, Belo Horizonte já ocupou lugar de destaque na área de informática e tecnologia, mas perdeu esse espaço para outras cidades do país. “As ações na área de TI ficaram estagnadas durante um tempo e agora estamos retomando os trabalhos”, disse o vereador, que na legislatura anterior (2005 – 2008) presidia uma comissão mista na CMBH que reunia empresas, entidades, escolas técnicas e universidades para impulsionar a criação do Parque Tecnológico BHTec.

“O objetivo dessa nova comissão é elaborarmos juntos, poder público e iniciativa privada, um programa de políticas públicas para o setor como incentivo para que Belo Horizonte possa efetivamente se tornar uma referência em Tecnologia da Informação em nível nacional”, afirmou o parlamentar.

A apresentação do Planejamento Estratégico elaborado em parceria com a fundação Dom Cabral foi iniciada pelo presidente da Associação de Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro), Ian Campos Martins.

Martins ressaltou os principais pilares de desenvolvimento do trabalho que resultou no Projeto Estruturador de Apoio ao Arranjo Produtivo Local (APL), feito em parceria com as entidades representativas. “Com o APL encaminhamos nossas atividades com foco em resultados e no fortalecimento da competitividade do setor. Agora precisamos de um apoio da CMBH para criar um ambiente político favorável. Não há lugar melhor que o âmbito legislativo para essa discussão”, disse.

O vice-presidente da Sociedade Mineira de Software (Fumsoft), Leonardo Fares, enfatizou que é preciso um trabalho conjunto com objetivos definidos para alcançar a prosperidade do segmento. “O setor de TI é um dos setores mais dinâmicos da economia mundial que, além de gerar muitos empregos diretos, gera empregos de valor agregado, ou seja, com muita renda. E nas cidades onde esse tipo de mercado prosperou foi por meio de uma articulação entre a iniciativa privada e o poder público”.

Fares ressaltou ainda a importância da Comissão Especial de Estudo da Câmara como complemento às ações do Governo Estadual para o setor e apontou questões específicas que precisam ser trabalhadas dentro do planejamento estratégico apresentado na reunião. “É preciso identificar a vocação de Belo Horizonte na área de TI e que segmento específico nós devemos incentivar e de que forma”.

Participaram da reunião o vice-presidente da comissão, vereador Carlúcio Gonçalves; o consultor do Sindicato das Empresas de Informática (Sindinfor), Etelson Luiz de Libero; o superintendente da Fumsoft, Márcio Tibos e o diretor da Assespro, Antônio Lúcio Martins.

A próxima reunião da comissão será realizada no dia 13 de maio, às 11h, no Plenário Helvécio Arantes da CMBH.

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BHTec

Com previsão de término das obras para 2013, o BHTec - uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte, a UFMG e o Governo do Estado - fará a junção da produção de conhecimento com o desenvolvimento tecnológico e a produção de bens e serviços de alto valor agregado. O parque tecnológico fica em um terreno da UFMG, com 535 mil metros quadrados, na Avenida Carlos Luz, na Pampulha.

O BHTec irá abrigar empresas dedicadas a investir e produzir novas tecnologias, centros públicos ou privados de pesquisa e desenvolvimento e serviços de apoio às atividades tecnológicas. O projeto de lei que autorizava a criação do parque foi aprovado pela Câmara Municipal em 2008, quando uma Comissão Especial de Estudos analisava as perspectivas do segmento de Informática em Belo Horizonte.

O vereador Tarcísio Caixeta, que na época pediu a instalação da comissão, informou que o projeto para a criação de um pólo de tecnologia na cidade começou em 1996, quando foi secretário Municipal de Indústria e Comércio, na gestão do então prefeito Patrus Ananias (PT).

Superintendência de Comunicação Institucional