Mata do Planalto e falhas em viaduto mobilizam discursos

Na primeira reunião plenária do mês de abril, realiza nesta quarta-feira (1º/4), na Câmara de BH, a defesa da Mata Planalto, que pode dar lugar a um empreendimento imobiliário, esteve no centro dos debates. Também estiveram em destaque temas ligados à ampliação do metrô da capital, bem como à correção de problemas verificados no viaduto Gil Nogueira, localizado na Avenida Portugal, em cujas vigas foram detectados desníveis de 2,5 centímetros, e a investigação da queda do viaduto Batalha dos Guararapes.

Conforme debatido em audiência pública realizada pela Câmara, na semana passada, uma das últimas grandes áreas verdes remanescentes no espaço urbano, situada no Bairro Planato, está ameaçada pela proposta de construção de um condomínio com mais de 700 apartamentos, que já obteve licença prévia por parte do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam). Juliano Lopes (SD) se manifestou em defesa da preservação da área, que tem quase 300 mil m² e abriga cerca de 20 nascentes, além de contar com flora típica da Mata Atlântica. Segundo o parlamentar, a destruição da área para a implantação de um empreendimento imobiliário seria um gesto irresponsável, o que demanda intervenção firme da Câmara no sentido de garantir a preservação do patrimônio ambiental. Na mesma perspectiva, Jorge Santos (PRB) se manifestou contrário à obra e defendeu ainda que o Legislativo municipal tenha uma participação ativa no tratamento da questão, de modo a garantir a segurança da mata, que é importante para purificar o ar, melhorar o microclima, amortecer ruídos e drenar as águas pluviais. 

Batalha dos Guararapes

A queda do viaduto Batalha dos Guararapes, em junho de 2014, e a recente descoberta de um desnível em vigas do viaduto Gil Nogueira, construídos pela mesma empresa, também mobilizaram a atenção dos vereadores. Henrique Braga (PSDB) lembrou a importância de se avaliar o problema verificado no segundo viaduto, destacando o riscos que eventuais falhas na estrutura representam à segurança do cidadão que passa diariamente no local. Já o vereador Gilson Reis (PCdoB) detacou também o impacto financeiro da refeitura de obras, que são bancadas pelo contribuinte. No tocante à queda do Batalha dos Guararapes, Reis propôs a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para realizar investigações mais aprofundadas sobre a tragédia. 

Com relação à queda do viaduto, o vereador Wellington Magalhães (PTN), presidente da Casa, lembrou que a Câmara está mobilizada para avaliar a ocorrência e trabalha para oferecer respostas claras à população da capital. O parlamentar destacou a criação de uma Comissão Especial de Estudos para discutir o assunto, sob presidência do vereador Henrique Braga. O colegiado, que foi criado mediante a assinatura de 18 parlamentares, tem, entre suas atribuições, a tarefa de averiguar as providências e ações da Prefeitura de Belo Horizonte na busca de soluções para os impactos causados pelo desmoronamento de uma das alças do viaduto, que matou duas pessoas e deixou feridas outras 22.

Assista o vídeo completo da reunião.

Transporte e segurança

O vereador Juliano Lopes cobrou a extensão da linhas de metrô para a regional Barreiro. O parlamentar lamentou que até hoje, mais de três meses depois da posse do atual governo estadual, comandado pelo mesmo partido que está à frente da Presidência da República, não se tenha notícia de nenhuma ação concreta, no sentido de ampliar o serviço metroviário, anseio antigo da população de Belo Horizonte e, em especial, dos moradores do Barreiro, que não têm acesso direto a essa modalidade de transporte.

Já o vereador Vilmo Gomes (PTdoB) denunciou a escalada da violência, que tem levado muitos postos de gasolina a fecharem as portas no horário noturno, no intuito de se precaver de assaltos e outros crimes. O parlamentar destacou a importância no reforço das políticas de segurança, de modo a resguardar a tranquilidade da população e favorecer a continuidade dos serviços prestados pelos postos de combustíveis e outros estabelecimentos.

Vilmo Gomes ainda conclamou os colegas vereadores a unirem forças no sentido de apoiar os servidores da rede estadual de educação prejudicados pela chamada Lei 100, que teve sua constitucionalidade questionada pela Justiça por atribuir a titularidade de cargo efetivo a servidores designados a título precário. O vereador propôs que os parlamentares da Casa atuem de forma articulada com deputados estaduais, na busca por soluções que não prejudiquem os professores e demais profissionais da educação.

Superintendência de Comunicação Institucional