Plenário

Vereadores preocupados com atropelamentos e uso de drogas

Durante reunião plenária realizada no dia 9 de agosto, o vereador Cabo Julio (PMDB) criticou a falta de uma política de recuperação de dependentes químicos em Belo Horizonte. Já a ocorrência de atropelamentos na Avenida Antônio Carlos, no bairro Lagoinha, foi comentada por Divino Pereira (PMN).

domingo, 8 Agosto, 2010 - 21:00

Durante reunião plenária realizada no dia 9 de agosto, o vereador Cabo Julio (PMDB) criticou a falta de uma política de recuperação de dependentes químicos em Belo Horizonte. Já a ocorrência de atropelamentos na Avenida Antônio Carlos, no bairro Lagoinha, foi comentada por Divino Pereira (PMN).

Selecionada como uma das cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014, Belo Horizonte convive com uma lamentável realidade: o aumento do uso de crack. Na Grande BH, a substância já representa boa parte dos entorpecentes consumidos, totalizando 120 t por ano, segundo estimativa da organização não governamental Defesa Social.

No Centro Mineiro de Toxicomania, unidade de atendimento ambulatorial mantida pelo governo estadual, há dez anos os dependentes de crack representavam 5% do total de atendimentos. Dados de 2009 indicam que eles já respondem por 39% da demanda, superando, pela primeira vez, os dependentes de álcool (37%).

A situação torna-se ainda mais alarmante porque a droga é consumida, muitas vezes, à luz do dia e em locais públicos. “Na praça da rodoviária, em Venda Nova, no Barreiro ou em construções demolidas às margens da Avenida Antônio Carlos, perto do Conjunto IAPI, vemos verdadeiras ‘tocas’ de uso de crack”, afirmou Cabo Júlio. O parlamentar ainda apontou que a ‘epidemia’ atinge pessoas de todos os níveis intelectuais e sociais, e de todas as idades, inclusive crianças e idosos.

Já é consenso que o uso de drogas não é considerado apenas um problema policial, mas um caso de saúde pública. Segundo Cabo Júlio, entende-se que o usuário é um doente, “tanto é que a polícia não prende quem está consumindo drogas”. Contudo, não existe em Belo Horizonte, conforme o vereador, uma unidade pública de recuperação onde o usuário possa ficar internado, desintoxicar-se e passar por um processo de ressocialização.

“As igrejas, católicas ou evangélicas, é que tentam oferecer apoio aos dependentes químicos, sem nenhuma ajuda governamental. O poder público esquece-se de que além do trabalho de prevenção e de repressão é preciso disponibilizar tratamento a esses doentes”, acrescentou Cabo Júlio.

Atropelamentos

Outro assunto discutido em Plenário foi a ocorrência de atropelamentos na Avenida Antônio Carlos, no bairro Lagoinha. Segundo o vereador Divino Pereira, recentemente foram registrados cinco atropelamentos na região, sendo que no último uma criança morreu. “A Igreja da Lagoinha tem mais de 43 mil membros. Com isso, nos dias de culto o movimento de pessoas é intenso no local e fica muito difícil atravessar a avenida”, comentou.

O parlamentar vai se reunir na próxima quarta-feira com representantes da BHTrans e da Prefeitura para pedir que sejam estudadas alternativas para os pedestres: construção de passarela, melhoria da sinalização ou colocação de radares.

Divino Pereira também relatou casos de atropelamento perto da portaria do Zoológico, na Avenida Guanabara, bairro Urca. Segundo o vereador, a BHTrans informou que a região já dispõe de sinalização eficiente.

Responsável pela Informação: Superintendência de Comunicação Institucional.