Universitários, regionais, partidos políticos e Câmara Municipal mostram, em 21/05, como a crise afetou suas atividades, propondo ações para superá-la.
Encerrando a série de reportagens sobre o seminário “BH e a crise econômica: impactos e superação”, você acompanha, a seguir, como a crise impactou alunos da faculdade INED, o diretório central dos estudantes da UNA, a Regional Barreiro, partidos políticos e a Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Universitários
Encerrando a série de reportagens sobre o seminário “BH e a crise econômica: impactos e superação”, você acompanha, a seguir, como a crise impactou alunos da faculdade INED, o diretório central dos estudantes da UNA, a Regional Barreiro, partidos políticos e a Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Universitários
Para Mônica de Paiva, aluna da faculdade INED, é importante as pessoas se informarem. “No meu curso, Gestão em RH, trabalho com pessoas e essa crise também é nossa. Tenho preocupação em saber e tomar iniciativa em relação ao problema, como aluna e como cidadã”, analisou Mônica. Amable Celeghini, presidente do DCE da UNA, afirmou que, por representar os alunos, é interessante que ela tenha uma visão geral sobre a crise, em Belo Horizonte, no Brasil e no mundo. “Os problemas são pontuais: demissão de funcionários e trancamento de matrícula, devido ao valor da mensalidade. Os preços não param de subir”, constatou Amable. Ela disse que o seminário foi divulgado no site e no blog do DCE e o que foi discutido aqui também será repassado para os alunos. “Eles têm que ter acesso, têm que entender a crise em Belo Horizonte, para saber como ela irá atingi-los”, salientou.
Regionais
Já Fernando Parreira, assessor da Regional Barreiro, considera a crise globalizada, mas, também, psicológica. Segundo ele, a mídia explorou a crise e as pessoas vêm se aproveitando dela. “Este seminário vai abrir os olhos dos administradores com relação à crise, no momento em que esta já está instalada e, consequentemente, está sendo superada”, concluiu.
Partidos políticos
Segundo Sérgio Miranda, presidente nacional do PDT, o seminário foi uma iniciativa muito pertinente da presidência da Casa, para discutir a relevância desse tema, envolvendo a população da cidade. “Evidente que o impacto já existe, a partir da redução do PIB, que diretamente bate nos impostos. Os impostos têm uma característica: quando o PIB cresce, eles crescem acima do PIB. Mas, quando o PIB cai, eles caem mais, abaixo do PIB”, explicou Sérgio. Ele falou sobre os efeitos da crise em Minas, onde caiu em 25% o consumo de energia elétrica. Sérgio esclareceu que essa queda está diretamente ligada à queda da produção. “O Estado tem uma característica de produtor de commodities minerais, agrícolas e do setor siderúrgico; e esse setor, ligado à exportação, com a queda da produção dos países centrais, sofreu um impacto muito grande do Estado; e o impacto do Estado reflete no impacto na capital”. Mas, para Sérgio, a crise representa, também, uma oportunidade de fazer um reexame do nosso modelo econômico e ver como se constróem alternativas, por meio do debate.
Câmara Municipal de Belo Horizonte
O Vereador Anselmo José Domingos, Secretário-Geral da Câmara, falou sobre os impactos da crise no Legislativo Municipal, propondo alternativas para enfrentá-la.
Repasse da Prefeitura para a Câmara
Dentre os reflexos da crise, Anselmo informou que o repasse da Prefeitura para a Câmara pode ser reduzido; ou seja, se a Prefeitura arrecada menos, o repasse é menor. Segundo Anselmo, isso pode afetar alguns serviços, como os do Núcleo de Cidadania, que poderão ser reduzidos ou até paralisados, devido à insuficiência de recursos. Outro impacto da diminuição do repasse diz respeito aos candidatos que passaram no último concurso, mas ainda não foram chamados. De acordo com Anselmo, a Câmara está aguardando, pois não sabe, ainda, as dimensões da crise, o que representa um prejuízo para a instituição, que deixa de contar com mais pessoal qualificado.
Impacto financeiro de projetos
Anselmo falou, ainda, sobre projetos de lei que podem afetar a situação financeira da população: informou sobre a tramitação de um projeto, que propõe mudanças quanto à cobrança do IPTU, com a criação de novas regras; e sobre a tramitação de outro projeto, que propõe mudanças quanto ao Uso e Ocupação do Solo em Belo Horizonte, com possibilidade de abertura de novas áreas de comércio, de preservação e áreas residenciais, alterando a alíquota do imposto. Anselmo convidou os presentes e a sociedade a participarem desse debate, na elaboração de projetos de lei, salientando que tais medidas irão impactar a vida de todos os cidadãos.
Ressaltando que a Câmara é um espaço de discussão, Anselmo destacou a relevância dos temas debatidos, concluindo que o caminho para a solução da crise é o diálogo.