Notícias

Impactos do Vila Viva e de projetos imobiliários são discutidos em audiência

Impactos do Vila Viva e de projetos imobiliários são discutidos em audiênciaA implantação do programa de urbanização de favelas e de novos projetos imobiliários na área da Barragem Santa Lúcia foi discutida pela Comissão de Meio Ambiente e Políticas Públicas da Cãmara Municipal nesta terça-feira (3). A reunião, solicitada pela vereadora Elaine Matozinhos (PTB), debateu a degradação da Região Centro-Sul ocasionada pelo crescimento desordenado e a necessidade de preservação ambiental da região.

Para Elaine Matozinhos, moradora do Santa Lúcia, os novos projetos imobiliários no bairro são uma afronta aos moradores. “O objetivo da audiência é mostrar que a comunidade está mobilizada, preocupada com o crescimento da região e atenta à preservação do meio ambiente. Vamos buscar um entendimento entre os moradores dos bairros e das vilas e por meio de medidas compensatórias para a satisfação de todos.” Segundo a veradora, a comunidade foi surpreendida com a notícia da construção de um hotel na região.

Moradores presentes à audiência se mostraram apreensivos com a união do Bairro Santa Lúcia ao Aglomerado após a implantação do projeto Vila Viva e reclamaram do “fim do sossego” provocado pelo intenso comércio que está surgindo na região. O descaso do poder público com o bairro e suas nascentes, que segundo os moradores são mais de 15, também foi alvo de críticas.

O vereador Sergio Fernando (PHS) também destacou os impactos ambientais que os diversos projetos imobiliários de grande porte podem causar na área, enquanto Tarcisio Caixeta (PT) enfatizou a importância dos projetos para a melhora da infraestrutura do bairro. “É preciso adotar políticas competentes e analisar o melhor projeto para a região”, disse Caixeta.

O ex-vereador e atual deputado estadual Fred Costa, morador da região, manifestou sua preocupação com a ocupação desordenada do solo, a verticalização e a comercialização do bairro Santa Lúcia e reforçou  a necessidade de aliar as vontades da comunidade local. “É preciso que o Vila Viva seja bom para todos: Aglomerado, Santa Lúcia e São Bento”, defendeu.

Claudius Vinicius Leite Pereira, diretor-presidente da Urbel, afirmou que o projeto Vila Viva é um empreendimento sustentável. Segundo Pereira, as obras começarão até o fim do ano e devem durar 36 meses.

Assista ao vídeo da  audiência pública

Em relação aos projetos imobiliários que estão sendo construídos na região, a assessora técnica da Secretaria de Meio Ambiente, Helcymara Kutova, afirmou que eles respeitam as diretrizes da Lei de Uso e Ocupação do Solo. Sobre o projeto do hotel para a Copa 2014, Kutova ressaltou que ele será analisado por várias secretarias e pelo COMAM – Conselho de Meio Ambiente. A assessora comprometeu-se a enviar os relatórios dos projetos imobiliários da região para análise da Comissão e afirmou que a Secretaria está à disposição para maiores esclarecimentos.

A audiência contou ainda com a participação dos vereadores Autair Gomes (PSC), Leonardo Mattos (PV) e Daniel Nepomuceno (PSB); o Gerente do Orçamento Participativo da Regional Centro-Sul, Waldir de Paula Martins; a presidente da Associação dos Moradores do Bairro Santa Lúcia, Lucimar Ferreira Lisboa; o tesoureiro do Núcleo de Moradia do Aglomerado Santa Lúcia, Leonardo Rosa da Silva; além de moradores dos bairros Santa Lúcia e São Bento.

Superintendência de Comunicação Institucional