Anel Rodoviário e Feira Hippie dominam o “pinga-fogo”
Na reunião plenária do dia 3 de fevereiro, a situação do Anel Rodoviário e a licitação para a Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena foram os temas centrais nas falas dos vereadores durante o “pinga-fogo”.
Na reunião plenária do dia 3 de fevereiro, a situação do Anel Rodoviário e a licitação para a Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena foram os temas centrais nas falas dos vereadores durante o “pinga-fogo”.
“O Dnit quer resolver o problema colocando radares, mas isso não resolve nada”, disse Paulinho Motorista (PSL), que informou ter encaminhado à Prefeitura sugestões “eficazes e de baixo custo”, como sinalizar a via com orientações sobre o alto índice de acidentes, a utilização de freio motor e o trânsito de caminhões pela faixa da direita.
“Só a instalação de radares é pouco”, concordou Daniel Nepomuceno (PSB). O vereador defende a criação de faixas exclusivas, campanhas educativas e a presença da Guarda Municipal, BHTrans, Polícias Militar e Rodoviária no local, “fiscalizando e parando os motoristas”.
Henrique Braga (PSDB) também defendeu a utilização da Guarda Municipal na fiscalização do Anel. “Se o prefeito fizer isso está de parabéns”, considerou Braga. Para ele, “os motoristas respeitam a fiscalização, mas não os radares”.
Bruno Miranda (PDT) apontou os elevados índices de atropelamentos e acidentes menores, que mesmo não tendo tanta repercussão são responsáveis pela maioria das mortes. “É preciso haver uma reestruturação de fato da via, inclusive das passarelas”, defendeu. Para Joel Moreira Filho (PTC), cabe aos vereadores “tomar uma atitude proativa”.
Municipalização
Para Carlúcio Gonçalves (PR), a primeira coisa que deve ser feita é municipalizar o Anel. O vereador acredita que é preciso depender menos de Brasília. “A prefeitura não pode tomar medidas como determinar sinalização, faixas exclusivas por que a competência é do Dnit”, reclamou.
“Nós, do Legislativo, temos de refletir o sentimento da cidade. Se o problema for de orçamento, temos o poder de remanejar o que for necessário”, defendeu.
O recado foi dirigido especialmente à Comissão Especial que irá examinar o veto do Prefeito ao projeto de lei de Anselmo José Domingos (PTC), que estabelece a municipalização da via. A Câmara tem até o dia 2 de março para decidir sobre o veto. Se não for votado nesse prazo, o veto trava a pauta de votações, impedindo a apreciação de outros projetos.
Edital de licitação criticado
Arnaldo Godoy (PT) elogiou a iniciativa de se fazer uma licitação para “limpar a feira de produtos não artesanais e das pessoas que exploram os artesãos”. O vereador, contudo, apontou como equivocados alguns critérios do edital, como o nível de escolaridade e de moradia, por que poderão excluir pessoas que ocupam o espaço há décadas.
“Não se pode penalizar quem melhorou de vida através de seu trabalho na feira”, acredita Godoy, que sugeriu a implantação, em outro local, de outra feira com o “caráter de inclusão social pretendido pela Prefeitura”.
Wagner Preto (DEM) conclamou os colegas a comparecerem à reunião especial solicitada por ele para tratar do assunto. “Amanhã receberemos o parecer sobre a existência de vícios no edital, e em caso positivo entraremos com uma liminar para suspender o processo”, garantiu Preto.
Tarcísio Caixeta (PT), líder do Prefeito na Câmara, cumprimentou o colega pela iniciativa e afirmou que não fará juízos de valor antes de ouvir todos os lados.
Superintendência de Comunicação Institucional