ARENA INDEPENDÊNCIA

Vereadores propõem gratuidade para assentos com pouca visibilidade

Audiência pública discutiu propostas de solução para equívocos no projeto do estádio

quinta-feira, 12 Abril, 2012 - 00:00
Vereadores propõem gratuidade para assentos com pouca visibilidade

Vereadores propõem gratuidade para assentos com pouca visibilidade

Audiência pública realizada nesta quinta-feira (12/4) pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor reuniu vereadores  e representantes da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa-MG), Procon-MG, Ministério Público Estadual e Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE) para discutir propostas de solução para a visibilidade reduzida em cerca de 6 mil assentos na arquibancada superior do Estádio Independência, verificada após as obras de revitalização. Também foram debatidas medidas de minimização dos prejuízos ao consumidor, como descontos no valor do ingresso.

“A minha posição é de que esses ingressos devem ser totalmente gratuitos”, afirmou a vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), entendendo que, ao vender um assento de onde não se pode ver o campo, a empresa responsável pela operação do estádio estaria prestando o serviço de forma insuficiente, ferindo os direitos do consumidor. “Acho pouco o que o Ministério Público determina. A redução de 50% no valor dos ingressos não é suficiente”, completou Scarpelli, propondo ainda a aplicação de multa aos responsáveis pelo projeto da obra.

Representante da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa-MG), Eder Campos explicou que a visibilidade do campo nesses assentos está parcialmente prejudicada pela grade de segurança instalada em frente às cadeiras, porém, caso o torcedor fique de pé, a visão do campo é completa. Eder ponderou que, em função do espaço limitado para ampliação do estádio, essa foi a forma encontrada para alcançar os 20 mil lugares mínimos para qualificação do Independência como arena oficial capaz de receber jogos de grandes campeonatos, como a Libertadores e o Brasileiro.

A Promotoria de Defesa do Consumidor informou que instalou inquérito civil para investigar o caso e já determinou, além da redução no valor dos ingressos da plateia superior, a não comercialização de outros 400 lugares na 1ª fileira do nível intermediário que estão comprometidos pela mesma razão e nem mesmo permitem ao torcedor a possibilidade de ficar de pé, pois atrapalharia o público das fileiras seguintes.

A Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE) apresentou uma lista de inadequações observadas no novo estádio, como instalações elétricas de 220V, falta de estacionamento para imprensa, tribunas e cabines de transmissão muito pequenas, estas permitindo a entrada de apenas duas pessoas quando deveria suportar no mínimo uma equipe de três profissionais, além dos equipamentos necessários. A entidade questionou a ausência de participação popular e da categoria no processo de planejamento e construção da estrutura, o que poderia ter garantido melhor adequação do espaço às necessidades da imprensa e do público.

Neusinha Santos (PT), presidente da Comissão, lamentou a ausência de grande parte dos convidados para o debate, como a Secretaria Municpal de Esportes e os presidentes dos três grandes clubes da capital, AAtlético, Cruzeiro e América. Também participaram da reunião os vereadores Paulinho Motorista (PSL) e Leonardo Mattos (PV), que apontou problemas relacionados à acessibilidade no estádio.

Superintendência de Comunicação Institucional