Lideranças defendem ampliação da rede de Academias da Cidade em Belo Horizonte
Uma das demandas centrais é a execução de obras previstas no Orçamento Participativo, mas ainda não realizadas
Foto: Karoline Barreto/CMBH
Em audiência pública ocorrida nesta quinta (19/10), representantes de Conselhos Locais de Saúde - órgãos que viabilizam a participação popular na fiscalização do funcionamento dos serviços municipais da área - demandaram a ampliação da rede de Academias da Cidade em funcionamento em Belo Horizonte. Eles cobraram a ampliação do serviço e a execução de obras previstas no Orçamento Participativo (OP), mas ainda não realizadas. Na reunião, que foi promovida pela Comissão de Saúde e Saneamento por solicitação do vereador Bruno Pedralva (PT), representantes do Executivo informaram que governo trabalha para implantar mais 14 equipamentos do tipo, embora o prazo para a finalização das obras ainda não esteja definido.
Em Belo Horizonte, estão em funcionamento 81 Academias da Cidade, equipamentos que oferecem atividades como ginástica, dança, esportes, caminhada orientada e outras aulas coletivas, sempre com apoio de profissionais de Educação Física. O serviço conta com pelo menos 15 mil usuários cadastrados.
De acordo com o vereador Helinho da Farmácia (PSD), que presidiu a reunião, as Academias da Cidade são equipamentos fundamentais para a garantia do condicionamento físico e do bem-estar da população atendida, desempenhando um papel central na prevenção em saúde. No entendimento do parlamentar, o serviço melhora a qualidade de vida e ajuda a evitar doenças, contribuindo inclusive para a redução dos gastos públicos com o tratamentos de saúde.
Orçamento Participativo
Presidente da comissão local ligada ao Centro de Saúde do Conjunto Betânia, no Barreiro, Júlia Arruda afirmou que a proposta de implantação de uma Academia da Cidade no bairro teria sido aprovada no Orçamento Participativo 2011/2012, mas a obra ainda não saiu do papel. Situação semelhante foi relatada por integrantes de outras comissões locais, estabelecidas em bairros como Floramar, na Região Norte; Bonsucesso e Marilândia, no Barreiro; e Morro São José, na Região Centro-Sul, entre outros.
Em consonância com as demandas por agilização das obras, o vereador José Ferreira (PP) defendeu a ampliação do serviço, abrindo porta para o incremento do público atendido, ponto de vista compartilhado por Bruno Pedralva, requerente da reunião.
Projetos e financiamento
Representante da Secretaria Municipal de Governo, Mércia Cruz apontou que, a partir de 2017, o governo municipal lançou esforços para colocar em dia as obras atrasadas do orçamento participativo. Segundo ela, quando o ex-prefeito Kalil assumiu o cargo, havia 450 empreendimentos aprovados. Desses, hoje, 213 estão concluídos, 148 em andamento e 89 ainda pendentes de realização. Entre as obras não iniciadas, 14 são referentes à implantação de Academias da Cidade, em diferentes regionais da Capital.
Engenheira atuante na Secretaria Municipal de Saúde, Naelia Portugal esclareceu que o Poder Executivo tem tratado dos trabalhos preliminares para a viabilização das obras. As próximas etapas prevêem a elaboração de projetos e ações para a regularização dos terrenos onde os equipamentos serão implantados. O cronograma de obras, com prazos e expectativa de término, ainda não foi definido.
No tocante ao financiamento das intervenções, Bruno Pedralva defendeu a utilização de recursos já previstos no orçamento municipal para execução do OP. O parlamentar propôs ainda a união de esforços entre a Prefeitura e a Câmara Municipal para viabilizar a implantação das novas Academias da Cidade, por meio da destinação de verbas de emendas parlamentares para esse fim, ponto de vista também defendido por Helinho da Farmácia, que se comprometeu a destinar recursos de emendas para as intervenções.
Superintendência de Comunicação Institucional