Segurança em unidades de saúde será discutida na quarta (16)
Debate será realizado em reunião extraordinária da Comissão de Saúde e Saneamento, às 9h no Plenário Camil Caram

Foto: Sindibel
A segurança nos centros de saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais do SUS-BH será debatida em audiência pública da Comissão de Saúde e Saneamento nesta quarta-feira (16/7). Segundo informações do gabinete de Dr. Bruno Pedralva (PT), um dos requerentes da reunião, o tema vem sendo discutido há algum tempo com os trabalhadores. A chegada do inverno, porém, fez aumentar a sobrecarga nos centros de saúde, o que tem gerado mais tempo de espera nos atendimentos e, consequentemente, aumentado a tensão entre usuários e trabalhadores das unidades. Por esse motivo, parlamentares se uniram para propor a realização da discussão. Além de Pedralva, assinam o requerimento Helinho da Farmácia (PSD), José Ferreira (Pode), Maninho Félix (PSD) e Neném da Farmácia (Mobiliza). Na lista de convidados estão representantes do Executivo municipal, de sindicatos que representam os profissionais de saúde, da Guarda Civil Municipal, e da Polícia Militar de Minas Gerais. A audiência pode ser acompanhada presencialmente no Plenário Camil Caram, a partir das 9h, ou pelo portal e canal do YouTube da Câmara.
Aumento dos casos de violência
Segundo levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgado pela imprensa nos últimos dias, os casos de violência contra médicos aumentaram 68% em dez anos. Só em 2024 foram registrados 4.562 boletins de ocorrência (BO), o maior número da série histórica. Minas Gerais é o terceiro estado com maior número de BO registrados (460) no ano passado, ficando atrás apenas do Paraná (767) e de São Paulo (832). Enfermeiros e técnicos também denunciam episódios de violência.
Em Belo Horizonte, segundo dados da Prefeitura, já foram registradas 34 ocorrências entre janeiro e abril deste ano. Conforme divulgado por veículo de grande circulação da capital, somente nos dias 15 e 16 de maio aconteceram três ocorrências de violência em centros de saúde da capital, incluindo agressão a um médico, ameaça com arma de fogo e vandalismo com cadeiras. As causas podem variar, mas num panorama geral, usuários reclamam da demora e falta de acolhimento, enquanto profissionais de saúde apontam falta de estrutura e condições ruins de trabalho.
Segurança feita pela Guarda Municipal
Desde 2023, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Prefeitura de Belo Horizonte contam com a proteção da Guarda Civil Municipal. Os agentes circulam por todas as unidades, mas não mantêm presença fixa na recepção ou portaria. Há também o programa Patrulha SUS, que determina a presença de duplas de guardas em viaturas, realizando rondas preventivas nas unidades de saúde e em seu entorno.
As condições de trabalho de agentes da segurança pública nos centros de saúde já foram tema de audiência na Câmara Municipal no ano passado. Na ocasião, os profissionais denunciaram más condições de trabalho; falta de infraestrutura básica, como ponto de apoio; e exposição a situações de risco.
Convidados
Para debater a questão da segurança nos estabelecimentos públicos de saúde foram convidados representantes do Executivo, de sindicatos de servidores e profissionais da saúde, da Guarda Civil, da Polícia Militar de Minas Gerais e presidentes dos conselhos de saúde regionais.
Superintendência de Comunicação Institucional