Poder público e especialistas vão discutir surto de esporotricose em gatos de BH
Situação agrava risco de disseminação da doença para os seres humanos causada pelo contato com os animais. Encontro é no dia 7/7

Foto: Cláudio Rabelo/CMBH
A esporotricose é uma zoonose que vem crescendo de forma alarmante entre os gatos em situação de rua de Belo Horizonte, podendo ser transmitida ao ser humano, conforme alerta Osvaldo Lopes (Republicanos). A pedido do vereador, o surto da doença, que também afeta os gatos domésticos, será debatido na segunda-feira (7/7) na Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana a partir das 13h30, no Plenário Helvécio Arantes. O encontro deve reunir gestores municipais da área, Conselho Regional de Medicina Veterinária, especialistas e sociedade civil para avaliar a situação e buscar soluções para conter a disseminação. Cidadãos interessados podem acompanhar a reunião presencialmente ou pela transmissão ao vivo no portal e no canal da CMBH no YouTube.
A esporotricose é uma micose subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix, encontrados comumente no solo, substrato de plantas, árvores e materiais em decomposição. A partir da década de 1990, gatos acometidos pelo fungo passaram a fazer parte do ciclo de transmissão. Atualmente, a doença está em processo de endemização na maior parte do país. Em Minas Gerais, a notificação dos casos é obrigatória desde 2018, assim como em outros estados e alguns municípios nacionais.
A contaminação do ser humano pode ocorrer através de lesão causada por espinhos, palha ou lascas de madeira, contato com vegetais em decomposição ou por meio de arranhados, mordidas ou contato direto com lesões de gatos doentes.
Busca de soluções
No requerimento do debate, Osvaldo Lopes alega que o cenário atual, em que se verifica um crescimento significativo da esporotricose entre os felinos de BH, evidencia a necessidade urgente de políticas públicas e ações eficazes para o controle da doença, tratamento dos animais acometidos, prevenção de novos casos e conscientização da sociedade.
“Além dos impactos na saúde pública, o aumento de casos de esporotricose agrava o abandono de animais e sobrecarrega as redes de proteção animal e serviços públicos de saúde, exigindo ações coordenadas entre diferentes órgãos e a participação ativa da sociedade civil”, explica o parlamentar.
A realização da audiência pública tem o objetivo de promover um debate técnico e participativo entre representantes do poder público, especialistas e organizações da sociedade civil visando a construção de soluções efetivas para o enfrentamento da doença em Belo Horizonte.
Participantes
A lista de convidados inclui o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias; o presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Gelson Leite; a subsecretária de Promoção e Vigilância à Saúde e o gerente do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Thaysa Martins e Adamastor Bussolotti; o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais (CRMV/MG), Affonso Aguiar Júnior; e a proprietária da clínica Gattos da Vila, Danielle de Lima Magalhães.
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