AUDIÊNCIA PÚBLICA

Contrato de trabalhadores da MGS que atuam em escolas em pauta na quarta (3)

Sindicato anunciou greve após edital da PBH para contratação de empresa para serviços de porteiro, cantineiro e servente escolar

terça-feira, 2 Dezembro, 2025 - 17:45
Mulheres preparam merenda em cantina escolar

Foto: Cláudio Rabelo/CMBH

A possível descontinuidade dos contratos dos trabalhadores vinculados à Minas Gerais Administração e Serviços (MGS) que prestam serviços nas escolas públicas municipais de Belo Horizonte será discutida nesta quarta-feira (3/12). A audiência pública foi solicitada por Edmar Branco (PCdoB) e vai acontecer no âmbito da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, a partir das 9h15. De acordo com informações divulgas pela imprensa, os trabalhadores anunciaram greve após a publicação do edital de licitação para a contratação de nova empresa, por não terem segurança da garantia de direitos já conquistados e de reajuste salarial. Representantes do Executivo municipal, da MGS, além de entidades sindicais que representam os trabalhadores estão na lista de convidados. O encontro poderá ser acompanhado presencialmente, no Plenário Helvécio Arantes, ou por meio de transmissão ao vivo no portal e no canal da CMBH no Youtube.

Requerimento

De acordo com informações do gabinete de Edmar Branco, a demanda para realizar a audiência pública partiu dos trabalhadores que atuam nas escolas municipais em funções nas portarias, cantinas e limpeza das instituições

“Justifica-se o presente requerimento diante da preocupação manifestada pelos profissionais da rede municipal de ensino quanto à manutenção dos postos de trabalho, bem como da necessidade de assegurar transparência na execução das políticas públicas relacionadas à gestão de pessoal terceirizado”, afirma o vereador no requerimento.

Paralisação prevista

Na última quinta-feira (27/11), os trabalhadores contratados pela MGS que atuam na educação municipal realizaram uma manifestação em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, onde foi anunciada greve a partir do dia 3 de dezembro. O ato seria um protesto contra o edital de licitação publicado pela Secretaria Municipal de Educação para a contratação de nova empresa especializada na prestação de serviços de porteiro, cantineiro e servente escolar. 

Os trabalhadores questionam falta de previsão no edital de reajuste salarial, além da possibilidade de perda de direitos já conquistados, como os 20 minutos de intervalo, o direito à reunião mensal de representantes, o seguro de vida, a manutenção do local de trabalho ao retornar de licença médica, a insalubridade no salário das cantineiras, entre outros. 

Em nota à imprensa, a PBH afirmou que os contratos vencem em fevereiro de 2026, e a própria MGS poderá participar da licitação disputando com outras empresas do mercado. O Executivo municipal também informou que o edital garante a absorção dos trabalhadores, caso a MGS não seja a empresa vencedora, e também todas as conquistas dos trabalhadores dos últimos anos. 

Convidados

A reunião deve contar com a presença da secretária municipal de Educação; do secretário municipal de Governo; do subsecretário da Receita Municipal da Secretaria Municipal de Fazenda; do subsecretário de Trabalho e Emprego da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Relações Internacionais; da diretora-presidente da MGS; do presidente da Associação dos Empregados da MGS; além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal e da EMEI Professora Acidália Lott.

Superintendência de Comunicação Institucional