Superendividamento pelo crédito consignado é tema de seminário na quarta

De acordo com o Mapa da Inadimplência do Serasa, o Brasil registrou em março último 72,89 milhões de brasileiros em situação de inadimplência. Com o objetivo de discutir o superendividamento pelos créditos consignados, a Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor realiza, na quarta-feira (22/5), às 19h, o seminário ‘Superendividamento e Empréstimos Consignados: Reflexões Jurídicas e Implicações Sociais’. O evento, requerido por Pedro Patrus (PT), é resultado de um projeto de extensão do Centro Universitário Estácio de Belo Horizonte e vai ocorrer no auditório da universidade, na Av. Francisco Sales, nº 23, no Bairro Floresta. O evento é aberto ao público sendo necessária inscrição prévia feita por este link.

Comprometimento do orçamento

O superendividamento é uma questão complexa, determinada pela incapacidade financeira do indivíduo que, ao contrair excessiva quantia de dívidas, compromete as suas necessidades básicas. Para Pedro Patrus, a condição necessita de debate, já que tem afetado e comprometido o orçamento de milhares de belo-horizontinos.

Segundo o parlamentar é importante discutir a vulnerabilidade de certos grupos ao problema do endividamento e, sobretudo, a estratégia agressiva do sistema financeiro para a venda de créditos consignados. “Aposentados, pensionistas e servidores públicos são, diariamente, bombardeados com ofertas que distorcem o propósito da operação financeira ao inverter a lógica natural do sujeito buscar o empréstimo a partir das suas necessidades”, destacou.

Quase 73 milhões de brasileiros

Em março, segundo o Mapa da Inadimplência do Serasa, a inadimplência no Brasil cresceu pelo segundo mês consecutivo. O aumento foi de 1,19% em relação ao mês anterior, que corresponde a um acréscimo de 855 mil no número de consumidores inadimplentes. Ao todo, são 72,89 milhões de brasileiros em situação de inadimplência.

Ainda segundo o instituto, os brasileiros com idades entre 41 e 60 anos representam a maior fatia da população com nome restrito, com 35,1%. Na sequência estão as faixas etárias de 26 a 40 anos (34,1%), acima de 60 anos (18,9%) e os jovens entre 18 e 25 anos (11,9%).

Superintendência de Comunicação Institucional