AUDIÊNCIA PÚBLICA

Reunião discute desafios do transtorno de espectro autista para mulheres e mães

Encontro reúne órgãos municipais, Ministério Público, Defensoria Pública e profissionais que orientam afetados e familiares

sexta-feira, 21 Junho, 2024 - 18:45

Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado

Nesta terça-feira (25/6), às 13h, a Comissão de Mulheres promove audiência pública, no Plenário Helvécio Arantes, para tratar dos desafios da mulher e da mãe no transtorno do espectro autista (TEA). No requerimento da reunião, Loíde Gonçalves (MDB) ressalta a necessidade de se pensar políticas públicas e iniciativas para o desenvolvimento de programas voltadas tanto às mulheres e mães atípicas quanto às mulheres que convivem com o TEA, inclusive nos casos de diagnóstico tardio da condição. Interessados podem acompanhar a reunião no Plenário Helvécio Arantes ou remotamente pelo canal da Câmara no YouTube, enviando perguntas, comentários e sugestões por meio deste formulário eletrônico, que será recebido até o encerramento a audiência.

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição que tem origem nos processos iniciais do desenvolvimento cerebral. De acordo com a American Psychiatric Association, as características do TEA devem estar presentes desde o início da infância e limitar/prejudicar o funcionamento diário do indivíduo, sem vinculação com  outras condições de saúde, como a deficiência intelectual. O portador de TEA pode apresentar “déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos contextos, presentes atualmente ou por história prévia”, e “padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Embora os dados apontem uma maior prevalência do TEA em pessoas do sexo masculino, estudos evidenciam o contexto de subdiagnóstico ou diagnóstico tardio em pessoas do sexo feminino.

O Transtorno é classificado em níveis de suporte: nível 1 (exigindo apoio), nível 2 (exigindo apoio substancial) e nível 3 (exigindo apoio muito substancial). A classificação refere-se ao apoio necessário para o autista, e não a ele próprio; e resultou da necessidade de medidas de acessibilidade em decorrência da existência de barreiras à sua inclusão social. Essas medidas podem variar, uma vez que cada indivíduo é único, e suas necessidades também podem se alterar com o tempo. Intervenções psicossociais podem trazer impactos positivos para o bem-estar e para a qualidade de vida do autista e da sua família.

Mães de autistas, por sua vez, são significativamente afetadas por estresse e outros impactos psicossociais, decorrentes da falta de suporte familiar e social, além dos desafios relacionados ao diagnóstico adequado e ao acesso a ações e serviços de saúde.

Convidados

São aguardados para participar do debate os secretários municipais de Governo, Anselmo José Domingos, e de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Josué Costa Valadão; a neuropsicóloga Débora Souza, a psicóloga Kátia Borghi, o nutricionista Charlie Rocha e a advogada Larissa Versiani; o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, e a defensora pública-geral de Minas Gerais, Raquel Gomes da Costa Dias.

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