CPI da Pampulha deve ouvir representantes da Copasa nesta terça (4/6)
Mais de 9 mil imóveis ainda estariam despejando esgoto diretamente na lagoa. Falta de ligação é um dos questionamentos
Foto: Karoline Barreto/CMBH
A falta de ligação de esgoto em milhares de residências e o consequente despejo dos resíduos na Lagoa da Pampulha é um dos pontos a serem esclarecidos pela Companhia de Saneamento de MG (Copasa) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Pampulha. A empresa foi intimada a depor nesta terça-feira (4/6), às 9h30, no Plenário Helvécio Arantes, no inquérito que investiga os contratos realizados para a despoluição da bacia. O pedido de oitiva é assinado pelo presidente e pelo relator da CPI, Sérgio Fernando Pinho Tavares (MDB) e Braulio Lara (Novo). Para os parlamentares, a concessionária tem contribuições importantes a fornecer, já que em julho de 2022, assinou um acordo juntamewente com o município de Contagem para corrigir o problema. O Plano de Ação, com mais de 800 obras, deve viabilizar a ligação das moradias à rede coletora.
Imóveis sem ligação de esgoto
O Plano de Ação é fruto de um acordo decorrente de Ação Civil Pública ajuizada em 2021 pela Procuradoria Geral do Município (PGM) na Justiça Federal contra a Companhia, para que 100% do esgoto gerado na Bacia Hidrográfica da Pampulha seja coletado e tratado. De acordo com o órgão, o sistema de esgotamento sanitário da Bacia da Pampulha possui cerca de 200 mil imóveis oficialmente conectados à rede coletora da Copasa. Entretanto, 7.701 imóveis (2.164 em BH e 5.537 em Contagem) que teriam a rede pública de esgotamento sanitário à disposição não estão ligados à mesma. Além disso, outros 2.058 imóveis (557 em BH e 1.501 em Contagem) ainda não disporiam de redes coletoras implantadas.
Com mais esta oitiva, as investigações da CPI entram em fase de finalização e a entrega do relatório final está prevista para o início do próximo mês.
Superintendência de Comunicação Institucional