Vereadores alertam para sobrecarga de motoristas de ônibus
Profissionais atuam também como trocadores; possibilidade de taxistas trafegarem pela pista do Move sem passageiros foi defendida

Foto: Cristina Medeiros/CMBH
A reunião do Plenário da Câmara Municipal desta sexta-feira (14/3) foi dedicada a declarações dos parlamentares sobre assuntos relevantes para a capital mineira, como a mobilidade urbana. A sobrecarga de trabalho para os motoristas de ônibus em decorrência da falta de trocadores (agentes de bordo), bem como as dificuldades enfrentadas pelos taxistas, que são impedidos de trafegar pela faixa do MOVE sem passageiro, estiveram entre os assuntos abordados. Os recentes assaltos ocorridos na orla da Pampulha também foram abordados em Plenário. Três projetos de lei ainda foram anunciados e poderão ser apreciados na reunião da próxima terça-feira (18/3).
Transporte público
Neném da Farmácia (Mobiliza) destacou a sobrecarga de trabalho que os motoristas de ônibus vêm enfrentando desde a retirada dos trocadores. Para o vereador, a situação gera insegurança até para os passageiros. Neném da Farmácia afirmou que protocolou um projeto de lei que prevê o retorno dos trocadores, com uma novidade: capacitação em primeiros socorros para que esses profissionais possam atuar em situações de emergência. “O trocador, tendo o curso de primeiros socorros, será um suporte interessante para os nossos passageiros, para a comunidade de Belo Horizonte”, declarou, solicitando o apoio dos colegas na pauta.
O presidente Professor Juliano Lopes (Pode) também fez uso da palavra e abordou um problema vivenciado por taxistas da capital. Ele relatou que esteve reunido com algumas cooperativas para discutir a portaria assinada pelo ex-prefeito Alexandre Kalil e BHTrans que permite aos táxis trafegarem pela pista do MOVE, desde que portando passageiros. O tráfego pelas pistas do Move fica impedido aos táxis, contudo, quando os veículos não carregam passageiros, o que gera um problema no retorno ao ponto de origem, ocasionando, conforme o presidente da CMBH, perdas para a mobilidade da cidade.
Juliano Lopes dirigiu um pedido ao prefeito Álvaro Damião, à BHTrans e à Superintendência de Mobilidade (Sumob) para que autorizem também a passagem dos veículos sem clientes. “Já que se pode rodar cheio, qual é a diferença de se transitar vazio? Nós vamos estar ajudando uma classe que foi muito prejudicada com a criação dos aplicativos. Nós vamos estar ajudando a mobilidade na cidade de Belo Horizonte e principalmente aquelas pessoas que vêm a Belo Horizonte a negócio, a ter um bom acesso do Aeroporto de Confins ao centro da cidade”, defendeu.
Insegurança na Pampulha
Cláudio do Mundo Novo (PL) destacou o aumento do número de assaltos na orla da Lagoa da Pampulha. O vereador fez referência ao caso de uma mulher que, na última terça-feira (11/3), foi derrubada de sua bicicleta por criminosos que estavam em uma moto. “Eu já tinha feito o pedido para a Guarda Municipal, para reforçar a segurança na Lagoa da Pampulha. Os moradores estão assustados, nós ficamos assustados com um tipo de assalto desse. Nós estamos procurando as polícias competentes, que são a Polícia Militar, a Guarda Municipal. Já estamos de olho nessa segurança pública. Vamos resolver esse problema, vamos ter a Pampulha segura”, declarou Cláudio.
Sargento Jalyson (PL) endossou a fala do colega de partido e apresentou providências tomadas por ele. “Já fiz um ofício para o comandante do 34º Batalhão e um para o comandante do 49º Batalhão, bem como uma indicação para o prefeito de Belo Horizonte, para que volte o patrulhamento da Guarda Municipal na orla da Lagoa [...] Então, nós estamos buscando viabilizar isso”, afirmou o vereador.
Anúncios
A reunião teve ainda três projetos de lei (PLs) anunciados para apreciação em Plenário na próxima terça-feira (18/3). O PL 906/2024, de autoria de Cleiton Xavier (MDB), visa garantir à criança com Transtorno do Espectro Autista, Altas Habilidades/Superdotação, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade ou outras atipicidades o direito de levar seu próprio lanche para a escola em que esteja matriculada. O texto tramita em 2º turno, precisando do aval da maioria dos presentes para seguir para a sanção do Executivo.
Também em 2º turno, deve ser apreciado o PL 927/2024, de Bruno Miranda (PDT). A proposição tem como objetivo permitir a comercialização de itens diversos, como cachecol, boné e bandeira, por ambulantes em eventos e manifestações de caráter cívico, social, cultural, político, religioso, esportivo ou econômico. O quórum necessário para a sua aprovação é de 21 parlamentares.
Já em 1º turno, o Projeto de Lei 135/2025, assinado pela Mesa Diretora, composta por Professor Juliano Lopes (Pode), Fernanda Pereira Altoé (Novo), Pablo Almeida (PL), Wagner Ferreira (PV) e Wanderley Porto (PRD), também deve entrar na pauta do dia 18. O PL objetiva alterar a Lei 11.565/2023, que reestrutura o Sistema de Controle Interno da Câmara Municipal; e a Lei 7.863/1999, que institui o Estatuto dos Servidores da Casa. Para ser aprovado, o PL depende do voto favorável de 21 parlamentares
Assista à íntegra da reunião.
Superintendência de Comunicação Institucional