AUDIÊNCIA PÚBLICA

Expansão do metrô de Belo Horizonte vai ser discutida na Câmara no dia 11/8

Há cerca de um ano foram anunciados recursos para implantação da Linha 2, que atenderia ao Barreiro, mas nada saiu do papel

sexta-feira, 5 Agosto, 2022 - 20:15

Foto: Banco de imagens/CMBH

Anunciada por sucessivas gestões municipais, estaduais e federais, a expansão do metrô de BH ainda não saiu do papel. Insuficiente para atender à demanda da capital mineira, a única linha existente  (Eldorado-Vilarinho) possui apenas 19 estações e 28,1 km de extensão. Recursos para a implantação da Linha 2 (Barreiro) foram anunciados há cerca de 12 meses pelos governos federal e estadual e condicionados à desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), mas até hoje nada saiu do papel. A questão será tema de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário nesta quinta-feira (11/7), a partir das 13h30, no Plenário Camil Caram. O encontro, requerido por Macaé Evaristo (PT), é aberto à participação de qualquer cidadão interessado, que também pode acompanhá-lo ao vivo pelo Portal CMBH. Perguntas, comentários e sugestões podem ser enviados até o final da reunião por meio deste formulário.

Em setembro de 2021, foi anunciada pelos governos federal e estadual a efetivação do projeto de ampliação do metrô de BH, aguardada pela população há mais de 20 anos. Primeira extensão prevista, a Linha 2 atenderia à Região do Barreiro, uma das mais populosas da cidade. A execução da obra, no entanto, ainda aguarda o julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a desestatização do sistema, atualmente gerido pela CBTU. O TCU é responsável por fiscalizar os processos de desestatização realizados pela Administração Pública Federal, compreendendo as privatizações de empresas, as concessões e permissões de serviço público, as contratações das Parcerias Público-Privadas (PPP) e as outorgas de atividades econômicas reservadas ou monopolizadas pelo Estado.

Os recursos para a privatização da CBTU e implantação da Linha 2 são da ordem de R$ 3,7 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões da União, R$ 427 milhões do governo de Minas e R$ 473 milhões a serem obtidos por meio da criação de uma Parceria Público-Privada (PPP).

O metrô de Belo Horizonte foi implantado em superfície e segue a diretriz do Ribeirão Arrudas e da linha de carga, ligando o Bairro Água Branca, no Município de Contagem, ao Bairro Venda Nova, na capital mineira. O trecho possui terminais de integração com o sistema de ônibus nas estações Vilarinho, Eldorado, São Gabriel e José Cândido. As estações Vilarinho e São Gabriel também estão interligadas aos corredores exclusivos do sistema MOVE, da BHTRANS.

Convidados

Para participar do debate, são aguardados o titular da Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob), André Soares Dantas; o ex-diretor da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), José Carlos Mendanha; o ex-presidente da CBTU, João Luiz da Silva Dias; Eliane Santiago, da Rede Ação e Reação Internacional (RARI); Marcelo Caciano da Silva, do Instituto Mineiros em Ação; e Messias Veríssimo, vereador de Ribeirão das Neves (MG).

Superintendência de Comunicação Institucional