Em pauta, acolhimento de dependentes químicos em comunidade terapêutica
Comissão de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor visita Comunidade Terra da Sobriedade, no São João Batista, dia 28/9
Foto: Google Maps / Street View
Entender e analisar como é realizado o acolhimento de pessoas com problemas associados ao uso nocivo ou dependência de substâncias psicoativas é o principal objetivo da visita técnica que será realizada pela Comissão de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor à comunidade terapêutica Terra da Sobriedade (Rua das Pedrinhas, nº 342, Bairro São João Batista). A vistoria será nesta terça-feira (28/9), às 10h, com pedido assinado por Cláudio do Mundo Novo (PSD) e Nikolas Ferreira (PRTB). Os vereadores também pretendem observar e entender o trabalho realizado dentro da comunidade pelos internos, “de suma importância para a reinserção social de dependentes químicos”, visando construir uma política pública eficaz de tratamento em Belo Horizonte.
Segundo a justificativa da vistoria, o SUS começou a desenvolver ações sistemáticas e regulares na área de dependência química a partir de 2003, com o lançamento da Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas. Ao longo dos últimos 40 anos, diante da falta de assistência, alguns setores da sociedade civil começaram a oferecer apoio aos dependentes e familiares, “destacando-se as comunidades terapêuticas como instituições não governamentais que utilizam como principal instrumento terapêutico a convivência entre os residentes”.
Ainda de acordo com os vereadores, a teoria que embasa o modelo de comunidades terapêuticas proposto pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos (NIDA) informa que “os transtornos de uso de substâncias muitas vezes desgastam o funcionamento social de educação/habilidades vocacionais e os laços comunitários e familiares do indivíduo. Dessa forma, a recuperação envolve a reabilitação”. Entretanto, nem sempre é possível conseguir essa reabilitação, pois uma parte dos usuários das comunidades se desenvolveu e amadureceu em contextos adversos ou de vulnerabilidade, sem ter experimentado “uma vida funcional e organizada”. Para esse grupo, a comunidade terapêutica “pode ser seu primeiro contato com regras de convivência básica, aprendizado de habilidades sociais e profissionais e de como levar uma vida minimamente funcional”.
Superintendência de Comunicação Institucional