Adiamento de cirurgias ortopédicas no SUS-BH será discutido na quarta (19)

O fechamento por tempo indeterminado do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins, da Fhemig, uma das unidades que atende pelo SUS em BH, e a suspensão temporária das cirurgias ortopédicas eletivas nas sete unidades da rede municipal, em razão da alta demanda de procedimentos de urgência, vem preocupando pacientes e profissionais de saúde da rede pública. Para debater a questão, a Comissão de Saúde e Saneamento reunirá Ministério Público, gestores, conselheiros e trabalhadores da área na quarta-feira (19/2), a partir das 13h, no Plenário Helvécio Arantes. A audiência pública, requerida pelos próprios membros do colegiado, pode ser acompanhada por cidadãos interessados no local ou ao vivo pelo canal da Câmara no YouTube.

O fechamento do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amália Lins (HMAL), uma das unidades que realiza cirurgias ortopédicas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na capital, aumentou ainda mais o tempo de espera dos pacientes que aguardam o procedimento. O fechamento, por tempo indeterminado, teria sido causado pela quebra de um cilindro de nitrogênio em cima de um intensificador de imagem, importante equipamento para a realização de cirurgia ortopédica. O Hospital, administrado pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), assumiu no início dos anos 90 os serviços de ortopedia e de traumatologia programada do Hospital João XXIII, o maior pronto-socorro da cidade.

A indisponibilidade do HMAL, onde são realizadas cerca de 200 cirurgias por mês, complicou ainda mais a situação dos pacientes, já que, em 22 de janeiro, a Prefeitura de BH impôs a suspensão das cirurgias ortopédicas eletivas aos sete hospitais que atendem pelo SUS-BH (da Baleia, das Clínicas, Evangélico, Metropolitano Dr. Célio de Castro, São Francisco, Universitário Ciências Médicas e Santa Casa) por duas semanas, sendo mantidos apenas os procedimentos de urgência. A razão alegada na ocasião foi a alta demanda por leitos hospitalares ortopédicos de urgência, cerca de 100 por dia, que estaria sobrecarregando as unidades.

Assinam o requerimento da audiência o presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, José Ferreira (Podemos), o vice Maninho Félix (PSD) e os outros três membros titulares - Dr. Bruno Pedralva (PT), Helinho da Farmácia (PSD) e Neném da Farmácia (Mobiliza).

Convidados

A lista de convidados inclui a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima; os secretários municipais de Governo, Guilherme Daltro, e de Saúde, Danilo Borges Matias; os presidentes dos Conselhos Estadual e Municipal de Saúde, Ilda Alexandrino e Fábio Baccheretti, e dos conselhos distritais de saúde das nove regionais administrativas de BH; Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG);  Associação Medica de Minas Gerais;  Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de BH (Sindibel); Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais; Associação dos Trabalhadores em Hospitais de Estado (Superintendência Regional do Trabalho em Minas; Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público do estado (MPMG); e diretores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais e do Hospital João XXIII.

O encontro pode ser acompanhado ao vivo pelo canal da Câmara no YouTube ou presencialmente, no Plenário Helvécio Arantes.

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