DIREITOS HUMANOS

Avança PL que exige cartão de vacinação para matrícula em escola

Obrigatoriedade de apresentação de documento em dia para ingresso na rede municipal de educação está conclusa em 1º turno

terça-feira, 5 Setembro, 2023 - 12:15
Imagem do Plenário Camil Caram com os vereadores Pedro Patrus e Gilsom Guimarães

Foto: Cláudio Rabelo/CMBH

A obrigatoriedade de apresentação do cartão de vacinação para o cadastro e renovação de matrícula de estudantes em estabelecimentos de ensino recebeu parecer favorável na Comissão de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor, em reunião realizada nesta terça-feira (5/9). A medida, proposta por Professora Marli (PP), busca trazer mais segurança para todos os envolvidos no ambiente escolar. O colegiado também aprovou o parecer pela rejeição do PL que propõe que todos os assentos de ônibus coletivos sejam considerados preferenciais, além de audiência pública para debater sobre o Programa Municipal de Incentivo às Batalhas de Rimas, aos Saraus e aos Slams.

Manter a vacinação em dia é uma medida importante para a própria saúde e para proteção da saúde das pessoas que convivem diariamente. O PL 510/2023, assinado por Professora Marli, propõe que seja obrigatória a apresentação de cartão de vacinação - atualizado conforme o Calendário Nacional de Vacinação - para o cadastro e para a renovação de matrícula de estudante em estabelecimento de ensino do Sistema Municipal de Ensino (SME). A não apresentação do documento, de acordo com o texto, não pode inviabilizar a efetivação da matrícula ou do cadastro. Entretanto, o documento deve ser apresentado no prazo máximo de 180 dias. 

Para Professora Marli, a medida é uma forma de incentivar a vacinação e garantir que todos os alunos estejam protegidos contra as principais doenças infectocontagiosas. “Além disso, a medida também contribui para a segurança dos próprios estudantes, uma vez que a presença de alunos não vacinados pode representar um risco para toda a comunidade escolar. Isso é especialmente relevante em relação a doenças como o sarampo, a rubéola e a meningite, que podem ser fatais e têm alto potencial de contágio em ambientes coletivos como as escolas”, justificou. 

Ao opinar favoravelmente à proposição, o relator Pedro Patrus (PT) considerou, entre outras coisas, que a relevância do PL inside em conter a disseminação de doenças infecciosas e oferecer informações precisas sobre o status de imunização dos estudantes.

O PL 510/2023, recebeu parecer pela constitucionalidade, legalidade e regimentalidade  na Comissão de Legislação e Justiça, e parecer favorável nas Comissões de Saúde e Saneamento; e Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo. Com o parecer emitido nesta terça-feira, o PL fica concluso em 1º turno e já pode ser incluído na pauta para votação em Plenário. 

Assento preferencial

“É uma questão de senso, de educação”. Com essas palavras, o presidente da comissão, Gilson Guimarães (Rede) acompanhou o voto do relator Pedro Patrus, pela rejeição do PL 607/2023, cujo objetivo é tornar preferencial todos os assentos dos veículos do sistema de transporte coletivo urbano para gestantes, idosos, pessoas com deficiência, obesos e pessoas acompanhadas de crianças de colo.

Em sua justificativa, o autor do PL, Reinaldo Gomes Preto do Sacolão (MDB), ponderou que, além do número de assentos preferenciais nos coletivos serem insuficientes para atender o público ao qual se destina, “não são raros os casos em que jovens não cedem lugar por se acharem no direito a um assento por serem pagantes”.

Pedro Patrus lembrou que esta não é a primeira vez que um PL desta natureza tramita na Casa e que trata-se de uma questão de educação. No entendimento do relator, todos os assentos são preferenciais, “mas há uma diferença entre preferencial e exclusivo”. O líder do governo, Bruno Miranda (PDT), também considerou que, na prática, a proposta é inócua. 

Tramitando em 1º turno, o PL foi considerado constitucional Legal e regimental na CLJ. Agora o texto segue para as Comissões de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços e de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, antes de poder ser apreciado em Plenário. 

Batalhas de Rimas

A pedido de Cida Falabella (Psol), Bruno Pedralva (PT), Iza Lourença (Psol), e Pedro Patrus, o colegiado deu aval à realização de audiência pública para debater o PL 564/2023, que propõe a criação do Programa Municipal de Incentivo às Batalhas de Rimas, aos Saraus e aos Slams, na próxima terça-feira (12/9), às 9h30, no Plenário Camil Caram.

O PL, aprovado em 1° turno, busca contribuir para a melhor organização e difusão das manifestações culturais e periféricas, relativas às batalhas de rimas, saraus e slams, de forma criar ações de suporte e incentivo para estruturação desses eventos no Município. 

Serão convidados para contribuir com as discussões representantes do Fórum Hip Hop; Coletiva Nutrilhar; Batalha FaraOeste; Batalha do Minas Caixa; Batalha da Fex; Batalha Clandestina, Batalha dos Predim e "Batalhas de BH"; Batalha da Matriz; Família de Rua; Batalha da Serra; e Sarau Coletivoz. Também serão convidados para o debate os secretários municipais de Cultura, Eliane Parreiras, e de Política Urbana, João Antônio Fleury; além de representantes da Diretoria de Políticas para as Juventudes e do Conselho Municipal de Juventude de Belo Horizonte. 

Superintendência de Comunicação Institucional 

28ª Reunião Ordinária - Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor