Vereadores verificam ações do Centro Integrado de Operações de BH em período chuvoso
Visita técnica teve como objetivo entender o fluxo de demandas e a definição de ações implementadas pelo Executivo durante as chuvas
Foto: Bernardo Dias / CMBH
A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor visitou, na manhã desta quinta-feira (6/2), o Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP/BH). A visita, que contou com a presença dos vereadores Mateus Simões (Novo), Pedro Patrus (PT), Maninho Félix (PSD) e da vereadora e presidente da comissão Bella Gonçalves (Psol), teve como objetivo dar continuidade aos trabalhos de averiguação das ações empreendidas pelo Município diante da situação de emergência e calamidade pública instaladas na Capital devido às fortes chuvas que caíram na cidade nas últimas semanas. A Comissão foi recebida pela diretora do COP-BH, Geórgia Ribeiro, que apresentou todo o trabalho desenvolvido no local. “O COP não tem contato direto com a população. Instituições como a Defesa Civil recebem as demandas do cidadão, as chamadas vem para cá, onde então há o compartilhamento com os órgãos. Aqui nós cuidamos das respostas possíveis no momento. As informações que recebemos são lidas pelos órgãos responsáveis por cada área de atuação. Se percebemos que há risco, agimos com as equipes”, explicou a diretora.
A visita faz parte de uma série de ações definidas pela Comissão com o objetivo de verificar e acompanhar o trabalho do poder público diante dos estragos causados pelas chuvas. “Nós, da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, estamos tratando de questões ligadas aos atingidos pelas chuvas. Montamos grupos de vereadores e estamos fazendo visitas. Queremos saber como o poder público está agindo diante da situação de risco. Temos a audiência pública como algo importante, pois será a oportunidade de ouvir quem realmente está sofrendo com a situação”, afirmou a vereadora Bella Gonçalves. Uma audiência pública para tratar do assunto está marcada para a quinta-feira (13/2), às 9h30, no Plenário Amynthas de Barros, quando são esperados, além de representantes da população atingida, integrantes do Executivo Municipal, Ministério Público, OAB-MG e Assembleia Legislativa.
Risco geológico
Além do alagamento em algumas vias da cidade, Belo Horizonte enfrentou, com as últimas chuvas, problemas e mortes provocadas por deslizamento de terras em diferentes regiões . “Não tivemos mortes por afogamento, mas tivemos mortes em áreas de risco geológico. Há monitoramento destas áreas de risco?”, perguntou a vereadora Bella Gonçalves se referindo principalmente ao monitoramento feito por equipamentos como sensores. Segundo a diretora do COP-BH, não há equipamento que faça este trabalho na cidade. “Eu desconheço sensores de risco geológico como os de risco de alagamento. O Rio de Janeiro tem algum nível de sensoriamento geológico, mas o COP não tem nenhum sensor geológico”, disse Geórgia.
Atendimento
A Defesa Civil recebeu, desde o dia 24 de janeiro, mais de 5000 chamados da população de Belo Horizonte. Atualmente existem 1800 chamados em aberto, sendo 100 deles classificados como de risco ou risco alto. “Temos agentes da Defesa Civil que circulam nas áreas de risco geológico monitorando e informando os moradores sobre a situação. São mais de 50 agentes trabalhando por plantão”, explicou o guarda municipal Edione Vieira, integrante da Diretoria de Operações da Defesa Civil junto ao COP-BH que trabalha utilizando quatro níveis de alerta (verde, amarelo, laranja e azul). “Do ponto de vista técnico há poucos locais críticos. No entanto ainda estamos trabalhando com o nível de alerta vermelho”, disse a diretora Geórgia Ribeiro. Perguntada pelo vereador Mateus Simões sobre a tomada de decisões em cada nível, a diretora respondeu sobre a atual situação. “O nível decisório é estratégico. Quando estamos no nível vermelho, as decisões estratégicas são do prefeito”.
O Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte é um espaço estratégico de tomada de decisões, vinculado à Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, e foi criado em junho de 2014. Ele reúne 13 instituições públicas (seis municipais, seis estaduais e uma federal) e uma da iniciativa privada, em sua Sala de Controle Integrado (SCI). O Centro funciona 24 horas por dia, todos os dias, e busca atuar no dia a dia da cidade em grandes eventos, catástrofes e crises, com uma gestão integrada e inteligente de problemas públicos de segurança, fiscalização, mobilidade, serviços urbanos, defesa civil, emergências em saúde, entre outros.
Superintendência de Comunicação Institucional