Comissão questiona se PBH tomou as ações devidas para evitar prejuízos com as chuvas
Vereadores querem que PBH explique falta de fiscalização na Vila Bernadete, área de risco geológico onde houve mortes após as intempéries
Foto: Abraão Bruck / CMBH
A Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana aprovou, nesta segunda-feira (10/2), pedido de informação ao gabinete do prefeito Alexandre Kalil (PSD) em que questiona sobre a ausência de fiscalização da Urbel na Vila Bernadete, região de risco geológico onde morreram sete pessoas em decorrência das chuvas de janeiro. Outro requerimento questiona a PBH acerca da limpeza nas galerias do Córrego Leitão, que com as chuvas transbordou, causando prejuízos na Região Centro-sul. A Comissão cobra ainda da Prefeitura explicações acerca do monitoramento de água da Barragem Santa Lúcia. Os requerimentos aprovados são de autoria do vereador Gabriel (sem partido).
De acordo com o autor dos requerimentos, a última vistoria da Urbel à Vila Bernadete foi em 2012 e, segundo o parlamentar, pelo fato de se tratar de região de risco geológico, a área deveria ser objeto de constante monitoramento. Sendo assim, a Prefeitura é questionada quanto à periodicidade com que são levantados dados sobre áreas com alto risco geológico e a respeito de quais ações preventivas ou corretivas foram tomadas pela atual administração para prevenir ou minimizar danos na Vila Bernadete. O vereador quer saber, ainda, por que desde 2012 a Urbel não vistoriava a área.
Córrego Leitão
Com as fortes chuvas de janeiro, o Córrego Leitão transbordou e destruiu áreas asfaltadas, trazendo prejuízos à população e ao Poder Público. Diante da situação, o vereador Gabriel quer saber quando foi feita a última limpeza nas galerias do córrego, bem como qual a periodicidade com que ocorrem vistorias e limpezas nos sistemas de canalização que alimentam o referido curso d’água. No mesmo requerimento, o parlamentar questiona a escolha de prioridades pela Prefeitura no que concerne aos locais que receberam intervenção após os estragos ocasionados pelas chuvas. “Qual o motivo de a Zona Sul ter recebido cuidados de zeladoria e manutenção das vias quase que de imediato após as intempéries, enquanto regiões mais afastadas até o presente momento não receberam auxílio algum do poder público?”, pergunta Gabriel ao prefeito Alexandre Kalil por meio de requerimento aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana.
Barragem Santa Lúcia
De acordo com outro requerimento apresentado pelo vereador Gabriel e aprovado pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, o transbordamento da Barragem Santa Lúcia, localizada na Região Centro-sul da capital, contribuiu para o alagamento e forte correnteza na Avenida Prudente de Moraes. O parlamentar aponta que um especialista que já trabalhou na Sudecap indica que teria havido “omissão do poder público”, dado que após as chuvas do dia 24 não houve escoamento das águas da barragem. Diante disso, a Prefeitura é questionada quanto aos procedimentos para monitoramento do nível de água da barragem e em relação à frequência com que é realizado o escoamento das águas que lá ficam retidas. Também são cobradas explicações sobre a periodicidade com que a estrutura e o nível do espelho d’água da barragem são fiscalizados. Por meio do pedido de informação, a Prefeitura também é questionada sobre o porquê de não ter havido o escoamento da barragem após as chuvas do dia 24, uma vez que é sabido que tal estrutura “é um importante instrumento de prevenção de enchentes”. A Comissão aguarda resposta do gabinete do prefeito aos questionamentos.
Assista ao vídeo da reunião na íntegra.
Superintendência de Comunicação Institucional