Em boas condições de uso, Parque Jacques Cousteau precisa de reformas pontuais
Comissão visitou o local, onde há necessidade de melhorias na quadra, teatro de arena, banheiros e playground, além de cercamento dos fundos
Foto: Bernardo Dias/CMBH
Quem visita o Parque Municipal Jacques Cousteau, localizado na Rua Augusto José dos Santos, nº 366, no Bairro Betânia (Região Oeste de Belo Horizonte), não pode imaginar que até 1971 a área era um lixão. Hoje, são 335 mil m² de muito verde, viveiro de mudas e estruturas como parque para crianças, academia da cidade e teatro de arena. O local foi visitado nesta quinta-feira (4/4), pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, que recebeu reclamações referentes à falta de cuidado com o local, condições de higiene das instalações e até assaltos. Entretanto, in loco, verificou-se que o Jacques Cousteau está em boas condições, apresentando necessidades pontuais, como reformas de quadra, teatro de arena, banheiros e playground, além de aumento de pessoal, mais equipamentos para a academia da cidade e cercamento dos fundos do parque.
A questão de falta de funcionários parece a mais patente: são cinco jardineiros, 11 capineiros e um funcionário para manutenção geral, atendendo esse e mais 13 parques da Regional Oeste e Barreiro, gerenciados pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. Um grupo de apenados tem convênio com a Fundação desde 2018, auxiliando nos serviços de jardinagem e capina.
O vereador Pedro Bueno (Pode) citou mais algumas situações. Além do cercamento dos fundos e reforma do teatro, falou sobre a questão das trilhas, nas quais a pouca iluminação e a mata alta podem dar abrigo à evasão de criminosos. Bueno lembrou que fez várias indicações ao Executivo, como trazer para o local uma base regional da Guarda Municipal e instalar câmeras de segurança. Segundo ele, há previsão de 15 câmeras a serem implantadas pela Prodabel. Outra indicação diz respeito ao Grupo de Meio Ambiente da Guarda Municipal, que já recebeu quatro quadriciclos, um drone e seis bicicletas elétricas para as rondas nesse e nos outros parques municipais.
Sobre a alegada falta de segurança, o vereador destacou a participação da comunidade local: “Houve abaixo-assinado pelo Grupo de Amigos do Jacques Costeau há cerca de seis meses, e eu tenho frequentado reuniões quinzenais no parque. Ocorreu pelo menos um assalto há três meses. A comunidade tem organizado um movimento para devolver a segurança ao local, a partir da sua própria participação”.
Reformas
Para a gerente dos Parques Oeste e Barreiro, Edanise Guimarães Reis, o problema dos assaltos e roubos já foi resolvido, uma vez que os crimes eram praticados por uma mesma pessoa. Ainda sobre segurança, ela informou que a Guarda Municipal faz rondas na área de duas a três vezes por dia. Reis citou a necessidade de implantação de redes de esgoto no teatro de arena. “Atualmente, a Copasa está trabalhando junto. A Direcional, que tem um empreendimento próximo ao parque, vai fazer as redes como medida compensatória”, explicou. Ela também afirmou que a quadra de basquete pertencente à Escola Municipal Mestre Ataíde, de uso compartilhado com o parque, precisa de reforma. Foi possível ver uma das tabelas de basquete enferrujada e caída no chão. A gestora também citou a necessidade de cercamento dos limites do fundo do parque com o Anel Rodoviário, a ser feito pela Prefeitura por meio de compensação ambiental, mas não soube citar prazos e recursos.
Para o coordenador de Atendimento Regional Oeste, Sylvio Ferreira Malta Neto, “noventa por cento do parque estão em ótima situação de conservação”. Ele lembrou apenas uma questão, em vias de ser solucionada: o esgoto vindo da Vila Paraíso está sendo jogado no Anel Rodoviário e atinge o parque, mas a Copasa já estaria tomando providências.
O vereador Irlan Melo (PR), que fez o pedido da vistoria, se mostrou satisfeito com a segurança, a estrutura e as condições gerais do parque. Além das carências citadas, considerou os banheiros inadequados: “Apesar de bem cuidados, o layout deles é muito antigo e precisa de reforma. Por exemplo, eles têm chuveiros que não são necessários, entretanto precisam de mais vasos sanitários e mais espaço. As portas, por exemplo, batem nos vasos”. Ele ainda expôs que os brinquedos do playground também são antigos e não adaptados a pessoas com deficiência.
A comissão visitou, ainda, uma espécie de galpão onde está localizada uma academia da cidade. Inaugurado em 2016, o espaço oferece atividades diversas e necessita da reposição de novos equipamentos como anilhas, alteres, barras de ferro, aparelho de pressão e caneleiras, de acordo com a professora de educação física Lílian Márcia Barbosa de Bastos Neves.
“Tudo o que observamos aqui vai ser levado para a comissão, que fará a solicitação junto à Prefeitura, e também via gabinete. A ideia é encaminhar o pedido em duas frentes, para tentar acelerar o processo”, explicou o vereador Irlan Melo.
Superintendência de Comunicação Institucional