Empossados 26 vereadores mirins na Câmara Municipal Belo Horizonte

Renovar o olhar sobre a política, informando estudantes sobre o funcionamento do Legislativo e trazendo a nova geração para adentrar no processo de tomada de decisões políticas. Com este objetivo, foi empossada nessa quarta-feira (29/6) a 13ª Legislatura do Projeto Câmara Mirim, composta por 26 vereadores mirins de 13 escolas municipais, estaduais, federais e particulares de oito regionais da capital, em eleição parametrizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). O projeto é realizado pela Escola do Legislativo (Escleg) e tem a parceria do TRE-MG, da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e do Centro Pedagógico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com os quais possui convênio de cooperação técnica. O evento contou com a presença de representantes da Câmara, das entidades conveniadas, das escolas participantes e dos familiares dos estudantes. 

Estar no Plenário Amynthas de Barros, o maior da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), emocionou os estudantes participantes do Câmara Mirim. Emanuela Júlia Fernandes, 14 anos, estudante do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Batista e vereadora mirim mais votada entre os eleitos, explicou a sua motivação em participar do projeto. “Concorri porque sempre amei política e estar inserida nela é importante para mim. Está sendo uma experiência incrível”, disse. Quando foi aberta a palavra aos vereadores mirins recém-empossados, ela disse ser uma honra participar do projeto. "Quero agradecer a todos que fizeram com que o projeto fosse possível e pela oportunidade de aprendizado”, completou. Na mesma ocasião, Marcos Eduardo, de 14 anos, estudante do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Oronina Rabelo, agradeceu a todos “por esse ser um projeto democrático onde a gente tem o poder de fazer valer nossa opinião e mudar nossa cidade”.

Participou da mesa de abertura do evento a vereadora Professora Marli (PP), representando a presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nely Aquino (Pode). Além dela, compuseram a mesa a vereadora mirim Júlia Aparecida Souza, presidente mirim da 12ª legislatura; Marcelle Triginelli Azzi, gerente de eventos da Assessoria de Comunicação da Smed; Cristiana Martins Gualberto Ribeiro, juíza auxiliar da presidência do TRE-MG; Marcos Elias Sala, diretor do Centro Pedagógico da UFMG; e Roberto Edson de Almeida, gerente da Escleg. O evento também contou com a presença de Cláudio do Mundo Novo (PSD), secretário-geral da Câmara. 

A importância do evento para a CMBH foi ressaltada por Professora Marli, que afirmou que o desrespeito aos direitos humanos é um dos entraves para o desenvolvimento da sociedade democrática. Ela defendeu a importância da construção de uma sociedade igualitária em que sejam assegurados os direitos fundamentais de todos. Aos professores, a vereadora disse que a construção da educação para a cidadania passa pela criação de espaços para as práticas sociais e com diálogo. Aos novos vereadores mirins, deixou uma mensagem: “Vocês alunos são nosso futuro, e o futuro começa hoje. Vocês são agentes da transformação. Parabéns e contem comigo nessa luta”. A parlamentar agradeceu a Escleg, “que faz a diferença na prática democrática e de cidadania”.  Claudio do Mundo Novo reforçou que a Escleg faz um excelente trabalho assessorando os vereadores municipais e os vereadores mirins. Ele também parabenizou os estudantes que participam do Câmara Mirim. “Já vi que vocês têm o perfil para serem candidatos depois dos 18 anos”, concluiu. 

Gerente da Escola do Legislativo, Roberto Edson de Almeida agradeceu a presidente da Câmara, Nely Aquino, por estimular projetos de formação da cidadania em crianças, adolescentes, jovens e adultos. Almeida disse ser importante rever os estudantes na Câmara Municipal e assegurou que todos os jovens participantes do projeto no Legislativo já são cidadãos e agentes políticos. Cristiana Martins Gualberto Ribeiro, representante do TRE-MG, desejou sucesso na atuação dos novos integrantes do projeto: “a experiência de vocês proporcionará uma experiência no processo legislativo e na consciência política”, afirmou em referência aos estudantes. O orgulho de ver alunos engajados em questões políticas foi ressaltado por Marcelle Triginelli Azzi, representante da Smed. Marcos Elias Sala salientou aos novos vereadores mirins que o mandato por eles exercido é, na verdade, daqueles que os elegeram, e defendeu a liberdade de os professores defenderem diferentes visões de mundo na atualidade. 

A presidente mirim do projeto na 12ª Legislatura, Júlia Aparecida Souza, deu posse aos candidatos da nova legislatura após a apresentação de um vídeo sobre o projeto Câmara Mirim. Aos novos participantes do projeto, Souza disse que sua legislatura foi iniciada em 2019 e que frequentou a CMBH por dois anos devido a pandemia de coronavírus. Julia aconselhou os novos vereadores mirins a aprenderem o máximo com o que o projeto tem a oferecer. Enumerando alguns dos aprendizados que irá levar para sua vida, ela disse que aprendeu a se comunicar e a se expressar bem, e que passou a gostar de trabalhar em equipe, respeitando o tempo de todos. De sua experiência com o projeto, ela destacou como tendo sido marcante  a importância de se posicionar, colocar as suas ideias e apresentá-las ao mundo. Os vereadores mirins fizeram um juramento, assinaram o livro de posse e puderam se expressar. Ao final do evento, foi servido um lanche e houve uma atividade de integração entre os novos vereadores mirins. 

Projeto Câmara Mirim

Na 13º Legislatura, o Projeto Câmara Mirim contou com mais de quatro mil eleitores e cem candidatos. Os vereadores mirins eleitos participarão de cerca de seis reuniões mensais até novembro desse ano nas quais discutirão problemas da cidade e suas possíveis soluções, além de aprenderem sobre o Poder Legislativo, o Estado Brasileiro, a cidadania, a democracia e a ética. Estão programadas reuniões nas escolas e na sede da Câmara Municipal. 

O projeto envolve os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e tem objetivo de promover a educação para a cidadania por meio da formação ética e política de alunos dos anos finais do ensino fundamental, tendo, como foco, a instituição legislativa e utilizando, como instrumento pedagógico, a formação de um parlamento mirim do Município. Ele prevê a participação de dez escolas da rede municipal de ensino, do Centro Pedagógico da UFMG, além de redes de ensino selecionadas via edital público de participação ou convidadas, segundo critérios da Escleg. 

Superintendência de Comunicação Institucional