POPULAÇÃO DE RUA

Convocada, secretária de Assistência Social deve prestar esclarecimentos na quinta

Convocação ocorre após Maíra Colares não atender a convite anterior. Desmobilização de ações sem o fim da pandemia é preocupação

sexta-feira, 8 Outubro, 2021 - 12:15

Foto: Karoline Barreto/CMBH

Após não atender a convite feito no âmbito da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário para falar sobre as políticas para as pessoas em situação de rua no contexto da pandemia da covid-19, a secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra da Cunha Pinto Colares, foi convocada pelo colegiado para prestar esclarecimentos na próxima quinta-feira (14/10), às 13h30. A convocação atende pedido de Braulio Lara (Novo), que justificou a medida em função da desmobilização de ações importantes como, por exemplo, o Projeto Canto da Rua Emergencial, que foi encerrado mesmo sem o fim da pandemia.

Recentemente, no âmbito da Comissão de Desenvolvimento Econômico, foi criado Grupo de Trabalho (GT) BH sem Morador de Rua, do qual Braulio Lara é o relator. Para o vereador, além da descontinuidade do projeto Canto da Rua, outro desafio que as políticas públicas para o setor enfrentam é a inércia do Executivo em relação ao crescente número de pessoas em situação de rua. No encontro em que a secretária Maíra era esperada, o parlamentar do Novo criticou a postura da Prefeitura, que chama o ‘problema de insolúvel’, porém rejeita o diálogo e a construção conjunta. “Precisamos criar soluções para a saída definitiva das pessoas da rua. Entretanto, quando começamos a buscar um caminho, a Prefeitura faz isso, se omite, se cala. Deixar como está não é uma solução”, afirmou Braulio ao lamentar a ausência da secretária na ocasião.

A ausência da secretária foi criticada também por ocorrer sem aviso prévio e sem que nenhum outro representante do Município fosse enviado para esclarecer os membros da comissão. Além do presidente do colegiado, Wesley (Pros), que considerou a adoção de outras medidas administrativas, como a instalação de CPI, Henrique Braga (PSDB) também criticou a ausência e cobrou do Executivo uma relação mais harmônica. “A Câmara quer contribuir e não consegue. Se a gente convida, não vem. Vamos convocar. Aí, se não vem, entramos com um processo administrativo, que é um direito da Câmara”, alertou o vereador, na ocasião.

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