Comissão identificou problemas pontuais no centro de saúde do Bairro Miramar
A estrutura apresentou infiltração e mofo na sala de odontologia, e um holofote queimado; Vereador havia recebido outras denúncias
Foto: Sidney Lopes/ CMBH
A Comissão de Saúde e Saneamento visitou, nesta terça-feira (25/6), o Centro de Saúde Eduardo Mauro de Araújo, localizado no Bairro Miramar (Barreiro), a pedido do vereador Professor Juliano Lopes (PTC). O parlamentar contou que havia recebido denúncias, via e-mail, há cerca de quatro meses, relatando horário de atendimento estendido e sobrecarga de trabalho para os funcionários da unidade, grande volume de demanda, falta de estrutura do posto e problemas de segurança (iluminação precária). A gerente do centro de saúde, Valéria Alvarenga Medeiros, mostrou-se surpresa com as reclamações, considerando que a unidade funciona sem maiores problemas. Foram tratadas algumas questões pontuais, como a queima de um dos oito holofotes externos, infiltração, mofo (cujo conserto já teria sido solicitado) e falta de alguns materiais na sala de odontologia, além da necessidade de aproveitar áreas verdes no entorno do prédio para transformar em espaços de atendimento.
Medeiros informou que o posto está em processo de reestruturação, após o fim do Programa Mais Médicos e depois de ter ficado cinco meses sem gestor. A gerente alertou também para o que considera "falta de cultura do cuidado" por parte da população atendida: “a comunidade é muito médico-dependente, não tem cultura do cuidado. É necessário cuidado para interpretar as queixas, e a comunidade precisa vir e participar do processo”. Ela falou, ainda, sobre o suposto trabalho estendido de profissionais, informando que, no período de epidemia de dengue, de março até o início de junho deste ano, a demanda realmente foi maior, mas ressaltou que a equipe tem banco de horas e plano de folga, e já está fazendo a compensação. Sobre a questão da segurança, disse que a Guarda Civil Municipal faz rondas duas vezes por dia e é parceira.
Problemas pontuais
Além do mofo, infiltração e queima de holofote vistos durante a vistoria, o dentista Yuri Flávio Almeida relatou o ressecamento de uma mangueira do consultório, acrescentando que “falta um pouco de material”, pontualmente. Já o usuário Agenézio Alves Bicalho queixou-se da falta de prioridade para idosos, e João Batista de Faria Júnior reclamou que uma consulta neurológica foi marcada para o seu filho, ainda em novembro do ano passado, mas que, até hoje, não conseguiu atendimento. “Vou fazer denúncia na Secretaria Municipal de Saúde”, contou.
“Após vistoria da Comissão de Saúde, pedimos melhorias na parte de iluminação externa do posto de saúde, onde está muito escuro. A sala de odontologia está com infiltração e muito mofo. A gente vai fazer os encaminhamentos, via comissão, para que essa área e a questão da segurança possam ser melhoradas”, afirmou o vereador Professor Juliano Lopes.
Estrutura
O C.S. Eduardo Mauro de Araújo conta com 92 funcionários, 10 consultórios, cinco médicos do Programa de Saúde da Família (PSF), um ginecologista, dois clínicos de apoio, um pediatra e cinco enfermeiros do PSF. São cinco equipes de saúde da família, com médico, enfermeiro, dois auxiliares e quatro agentes comunitários de saúde, além de uma equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e três dentistas, com dois técnicos de saúde bucal para cada profissional. A unidade atende um universo de 92 mil pessoas e uma média de 150 pacientes por dia. Segundo a gerente, o local era um lote vago que foi adaptado na década de 80, passou por uma reestruturação na década de 90 e, em 2008, foi reformado para ser inaugurado no formato atual.
Superintendência de Comunicação Institucional