Comissão elogia estrutura da unidade, mas constata problema pontual de acessibilidade
Com padrão moderno e sustentável de construção, o posto apresenta problemas somente quanto ao uso do elevador
Foto: Bernardo Dias / CMBH
“Espero que os próximos postos de saúde a serem inaugurados em Belo Horizonte sigam esse mesmo padrão, que é o esperado, para que se possa atender satisfatoriamente a toda a população”. Em visita técnica ao Centro de Saúde Cabana, no bairro de mesmo nome, na Região Oeste da capital, nesta terça-feira (18/2), a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor avaliou positivamente a unidade quanto à estrutura física, sustentabilidade e funcionamento. Na visita, a Comissão constatou, contudo, problema pontual de falta de acessibilidade, com elevador inoperante devido a sobrecarga de energia elétrica.
Inaugurado em 21 de janeiro deste ano, o Centro de Saúde Cabana atende cerca de 400 usuários por dia, com 19 mil cadastrados. A unidade possui 6 equipes de Saúde da Família (PSF), sendo cada uma composta por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e cinco agentes comunitários de combate a endemias (ACEs), totalizando 95 profissionais. O posto conta, ainda, com uma equipe de apoio, formada por dois pediatras, um clínico e um ginecologista; e com 25 agentes comunitários de saúde (ACSs) e dez agentes de combate a endemias (ACEs). Encontram-se em fase de contratação dois psicólogos, estando em aberto uma vaga de psiquiatra.
A equipe de odontologia é composta por três dentistas, três auxiliares de saúde bucal e um técnico de saúde bucal. Na visita, observou-se que o consultório odontológico tem ar condicionado e que o piso, de alta resistência e próprio para ambientes hospitalares, possui características anti-bacterianas.
Acessibilidade
Conforme informou a gerente do Centro de Saúde Cabana, Valdirene Dias Cordeiro Chaves, o posto possui 17 consultórios, com banheiros feminino e masculino acessíveis e com fraldário. A recepção tem um sofá grande para pessoas obesas e na unidade há uma sala de higienização para banhos, destinada à população em situação de rua, também acessível. As salas de espera, triagem e coleta funcionam no primeiro andar do prédio e os consultórios estão localizados no segundo piso.
Segundo Denise Alvarenga, da Sudecap, o único problema de acessibilidade do posto é que o elevador não funciona, devido a energia elétrica insuficiente, já que na rua a maioria das ligações é clandestina, sobrecarregando, assim, a rede externa e comprometendo a rede interna, com quedas frequentes de energia. Desta forma, quando há pessoas com mobilidade reduzida no centro de saúde, a orientação é aguardar no salão, até que o médico desça e realize o atendimento na sala de observação ou na sala de coleta, onde existe uma maca. Também por essa razão, vários atendimentos odontológicos são realizados no Centro de Saúde Vila Imperial, no Bairro Madre Gertrudes, em função desses usuários não poderem acessar o segundo andar, onde funciona a área odontológica, pela inviabilidade de utilizarem o elevador.
Águas pluviais
Na entrada da unidade, a água das chuvas é reutilizada, graças a uma construção feita com telhas em formato sanduíche, placas solares e tubos que captam as águas pluviais que descem do telhado e que, ao encherem, por meio de uma torneira instalada no local, permitem a limpeza de toda a área externa do posto.
Nos fundos do centro de saúde, existe um talude, onde foi feita uma proteção, com descidas d’água e hidrossemeadura, mantendo-se a vegetação, a fim de prevenir deslizamentos. De acordo com a Sudecap, o talude apresenta altura correta de inclinação e para a construção de um muro próximo foi utilizado material adequado, visando o escoamento da água.
Pontos destacados
Conforme destacou o vereador Irlan Melo (PL), que requereu a visita, o Centro de Saúde Cabana foi recentemente inaugurado, sendo acessível em quase a sua totalidade. Contudo, em função do problema de energia elétrica, que tem impossibilitado o acesso de pessoas com deficiência pelo elevador, estas vêm sendo atendidas no andar térreo. Ele ressaltou, entretanto, que logo que possível, o atendimento voltará a ser feito nos consultórios, no segundo andar.
Outro ponto observado pelo vereador foi que a unidade tem alvará de funcionamento, é bem localizada, encontra-se dentro dos padrões recomendáveis de construção e é sustentável, com a utilização da água das chuvas. “Espero que os próximos postos de saúde a serem inaugurados em Belo Horizonte sigam esse mesmo padrão, que é o esperado, para que se possa atender satisfatoriamente a toda a população”.
Também participaram da visita Virgínia Alves, da Coordenadoria Regional de Saúde Oeste; Leonardo Melo, assessor da Coordenadoria Regional Oeste; e Luís Villani, da Diretoria de Políticas para Pessoas com Deficiência.
Superintendência de Comunicação Institucional