Comissão constata falta de rede pluvial na Rua Newton Pinto de Souza e entorno
Em visita parlamentar, comunidade informou que volume de água atinge 1,5m de altura; PBH informa que não há previsão de obras
Foto: Karoline Barreto/ CMBH
A Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana visitou, nesta quinta-feira (27/6), a Rua Newton Pinto de Souza, no Bairro Santa Mônica (Região de Venda Nova, em Belo Horizonte). Moradores da área encaminharam pedidos ao gabinete da vereadora Nely Aquino (PRTB), que solicitou a visita, juntamente com o vereador Jair Di Gregório (PP). A comunidade relatou que a via recebe grande volume de água de chuva proveniente da Avenida Érico Veríssimo e da Rua João Bernardo Magalhães, que desagua também na Rua Lírica e chega a alcançar 1,5m de altura. Tanto a Rua Newton Pinto de Souza quanto as vias do entorno não possuem drenagem pluvial, são íngremes, muito impermeabilizadas e recebem água da Avenida Vilarinho (Bairro Venda Nova), conhecida por sofrer alagamentos frequentes.
Morador da Rua Newton Pinto de Souza, Rogério Valério Pereira explicou que a via e outras próximas recebem todo o volume de água da Avenida Érico Veríssimo (paralela à sua rua), da Rua Escarpa e da Rua João Bernardo Magalhães. Segundo ele, uma galeria pluvial na Rua Janete Clair, que deságua no Córrego do Marimbondo, poderia receber água da Rua João Bernardo Magalhães, o que sanaria grande parte do problema.
“Essa via não foi contemplada ainda, tem uma obra aqui pra baixo, que é de tratamento de fundo do vale do Córrego do Marimbondo. Lá já foi licitado, está pra começar e vai amenizar um pouco a situação que acontece aqui hoje”, afirmou a engenheira civil da Diretoria de Gestão de Águas Urbanas da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura da PBH, Rejane Cristina Siqueira.
Segundo o coordenador de Atendimento Regional Venda Nova, Humberto Abreu, não estão no planejamento da Prefeitura obras de drenagem pluvial no local, e será necessário um estudo prévio “para verificar se a rede existente aqui pode ser prolongada ou se vai ter que ser refeita, porque o volume de água que desce aqui é muito grande", explicou o gestor, afirmando que "temos o estudo da bacia do Córrego Marimbondo, mas ainda não tem projeto para essa área, vai ter que ser uma obra à parte”. De acordo com Abreu, muitas casas estariam lançando água dentro da rede de esgoto, o que piora o problema. Ele informou que vai verificar junto à Diretoria de Projetos se existe estudo de complementação de obras para a área. As intervenções de drenagem, que envolveriam a Avenida Érico Veríssimo e as ruas João Bernardo Magalhães e Frei Otto, podem custar acima de R$ 2 milhões.
Encaminhamento
“Nós vamos trabalhar para um estudo visando à execução desse projeto porque é necessário. Os moradores passam por situações complicadas nos períodos de chuvas”, afirmou Nely Aquino. Ela definiu, durante a visita, que fará uma reunião na Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), com participação dos moradores, para solicitar agilidade na execução do projeto.
Superintendência de Comunicação Institucional