Exposição "O Mineirão e Eu” homenageia os 60 anos do estádio na Câmara de BH
Imagens que ilustram a história de amor entre a cidade e um de seus cartões postais podem ser conferidas pelo público a partir de 25/9

Foto: Breno Pataro/PBH
Sede de partidas memoráveis do futebol mineiro, nacional e internacional, e também espaço de lazer e convivência de gerações de belo-horizontinos, o Mineirão integra a paisagem e a história da cidade desde sua inauguração, em 1965. Para celebrar os 60 anos do estádio, o programa Câmara Cultural promove a partir desta quinta-feira (25/9) a exposição “O Mineirão e Eu”. Ao lado de imagens de arquivo, notícias e documentos históricos que mostram a trajetória do estádio, que recebeu o nome do então governador Magalhães Pinto, fotografias enviadas pela população registram momentos vividos no local, ilustrando a relação afetiva de cidadãos de todas as idades com um de seus cartões postais. O evento de abertura, com entrada gratuita, será às 10h, no Plenário Amintas de Barros, e deve contar com a presença de autoridades da Câmara e da Prefeitura de BH, Assembleia Legislativa, órgãos e entidades estaduais e municipais das áreas de cultura, esporte e patrimônio. A mostra ficará em cartaz até o dia 7 de novembro.
Idealizado por clubes, federações e políticos locais desde os anos 1940, viabilizado após inúmeras articulações e tratativas, o maior estádio da cidade e do estado foi inaugurado em 5 de setembro de 1965, com uma partida entre a Seleção Mineira e o River Plate, da Argentina. Desde então, o famoso "Mineirão" sediou mais de 3,8 mil jogos do Campeonato Mineiro e dos times da capital em torneios nacionais e internacionais, incluindo cinco finais da Copa Libertadores e uma Copa Intercontinental. Nos anos 1960 e 1970, foi cenário de diversas provas de automobilismo em seu entorno, que atraíam pilotos consagrados e milhares de espectadores. Em 2014, foi uma das sedes da Copa do Mundo da FIFA.
Trajetória e personagens
Para receber o principal torneio de futebol do planeta, uma ampla reforma ocorrida entre 2010 e 2014 modernizou as instalações do estádio. A edificação, que integra o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, manteve a arquitetura original, tombada em 2003 pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, e ganhou uma ampla esplanada com cerca de 80 mil metros quadrados em sua parte externa, utilizada como área de lazer, cultura e atividades esportivas pela população. O novo espaço consolidou o Mineirão como palco de eventos de grande porte, antes realizados apenas na parte interna, como shows, festivais musicais e celebrações religiosas.
A exposição resgata a trajetória do Estádio Magalhães Pinto da aprovação da construção à inauguração e outros momentos históricos, destacando autoridades, políticos, atletas, trabalhadores e pessoas comuns que fizeram e fazem sua história. A curadoria da exposição, composta por historiadoras da Seção de Controle e Gestão Arquivística da Câmara de BH, pesquisou e selecionou registros fotográficos, notícias de jornal de época e vídeos de diferentes coleções, provenientes de instituições como Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, Arquivo Público Mineiro, Museu da Imagem e do Som e Rede Minas, além de acervo tridimensional original do Museu do Mineirão.
Memória afetiva
Para incentivar a participação popular no evento e reforçar os laços de afeto entre o "Gigante da Pampulha" e os moradores da cidade, a exposição também vai mostrar lembranças e experiências registradas por pessoas comuns de diferentes idades e origens, em diferentes momentos e situações, que tiveram o Mineirão como cenário. Para isso, a curadoria selecionou e imprimiu cerca de 40 fotografias tiradas por cidadãos em momentos de lazer e descontração vividos dentro e fora do estádio, em partidas de futebol, shows e passeios com a família e amigos.
Nos sete dias da campanha, entre os dias 8 e 14 de setembro, foram recebidas 90 fotografias de acervos pessoais. Além das fotos que serão impressas, compondo um mural especial, todas as imagens enviadas pelos cidadãos poderão ser vistas pelos visitantes em formato digital em um totem que ficará disponível no local da exposição, o Plenário Paulo Portugal, anexo ao hall da portaria prinicipal da Câmara.
Evento de abertura
A exposição "O Mineirão e Eu" será inaugurada no próximo dia 25 de setembro e ficará em cartaz até o dia 7 de novembro. O evento de abertura, também aberto ao público, será às 10h, no Plenário Amintas de Barros, com a presença de autoridades da Câmara e da Prefeitura de BH, Assembleia Legislativa, órgãos e entidades estaduais e municipais das áreas de cultura, esporte e patrimônio; gestores e representantes da Federação Mineira de Futebol e de clubes da cidade; veículos de comunicação; da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG); entre outros, convidados pelo presidente da Casa, Professor Juliano Lopes (Pode).
O presidente do Conselho Curador do Câmara Cultural, vereador Uner Augusto (PL), exalta a importância do Mineirão para a vida e a história da capital mineira. Ele agradece as contribuições enviadas pela população e espera que os cidadãos de Belo Horizonte venham visitar a exposição, que integra o ciclo de homenagens prestadas ao estádio.
"Gostaria de reforçar o convite para celebrarmos juntos os 60 anos desse patrimônio cultural da cidade e do estado, que faz parte da vida de muitos de nós, e traz lembranças que atravessam gerações — de momentos de lazer e descontração com a família e amigos a momentos inesquecíveis, como grandes conquistas esportivas, shows de artistas consagrados, eventos religiosos e até provas de vestibular. Esperamos você para viver e reviver essa história junto conosco!", diz Uner Augusto.
Nova identidade visual
A abertura da exposição também marca o lançamento da nova “cara” do Câmara Cultural, elaborada pela Seção de Criação Visual da Casa, e a inauguração do Corredor Cultural João Camilo de Oliveira Torres, que homenageia o historiador e escritor mineiro nascido em Itabira em 1915, ex-professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da PUC Minas, ex-membro da Academia Mineira de Letras, do Instituto Mineiro de Geografia e História e do Conselho Mineiro de Cultura. "Essa exposição também é a oportunidade perfeita para conhecermos a nova identidade visual do programa, que reafirma nosso compromisso em valorizar a cultura e a memória da nossa cidade", acrescenta Uner Augusto.
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