Comissão quer dados sobre crimes cibernéticos registrados em Belo Horizonte

Pesquisa do Instituto DataSenado, divulgada em 2024, constatou que um quarto dos brasileiros com mais de 16 anos foram vítimas de golpes digitais nos últimos 12 meses. Diante do aumento das ocorrências e da necessidade de proteger a população, especialmente os idosos, mais vulneráveis a esse tipo de crime, a Comissão de Administração Pública e Segurança Pública da Câmara de BH vai solicitar dados estatísticos às polícias do estado sobre os casos registrados na capital. Outro pedido de informação aprovado nesta quarta-feira (11/6) visa apurar os índices de criminalidade no entorno do Anel Rodoviário, os principais fatores de risco e medidas previstas para enfrentamento do problema. Confira o resultado completo da reunião.

Apresentado por Arruda (Republicanos), o requerimento sobre crimes cibernéticos menciona que, segundo o levantamento de 2024, mais de 40,85 milhões de pessoas perderam dinheiro em função de algum golpe que utiliza redes e dispositivos conectados à internet no período apurado. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública do mesmo ano indica uma mudança no perfil da criminalidade, com queda de 30% dos roubos físicos a bancos e aumento de 13,6% em estelionatos digitais.

O pedido de informação solicita à delegada-geral da Polícia Civil de Minas Gerais e ao comandante-geral da Polícia Militar do estado o número de registros de crimes cibernéticos realizados por dia nas delegacias de Belo Horizonte e, especificamente, os de natureza financeira (como clonagem de cartão de crédito, fraude na contratação de empréstimos ou invasão de contas bancárias); quantos golpes foram aplicados por meio de ligação telefônica e quantos utilizaram aplicativos de bancos; e quantas das vítimas são pessoas com 60 anos ou mais.

Criminalidade no Anel Rodoviário

Outro pedido de informação, assinado por Neném da Farmácia (PSD), pretende apurar a ocorrência de crimes no perímetro do Anel Rodoviário, especialmente no trecho municipalizado recentemente, alvo constante de denúncias da população. O requerimento solicita os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais sobre o número de assaltos, furtos, roubos e outros crimes como sequestros-relâmpago, homicídios, tráfico de drogas, roubos e furtos de carga ocorridos na área; e o número de flagrantes lavrados e prisões efetuadas em decorrência desses casos. 

O documento ainda pergunta as medidas de prevenção e combate adotadas e previstas, como patrulhamento das polícias no trecho; efetivo e viaturas destacados; frequência das rondas e operações; monitoramento eletrônico com câmeras de vigilância; dispositivos de leitura de placas; radares e sua integração com os centros de comando e controle; e o detalhamento, caso existam, das ações integradas entre Estado e Município voltadas à segurança no trecho.

Superintendência de Comunicação Institucional