AUDIÊNCIA PÚBLICA

Maneiras de incentivar e agilizar adoção em BH em debate na terça (6)

Em Minas, 685 crianças e adolescentes estão disponíveis para adoção. Quantidade de pretendentes habilitados a adotar passa de 4 mil

quarta-feira, 30 Abril, 2025 - 19:00
duas mão, uma de adulto e outra de criança

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Debater os desafios e os avanços no processo de adoção em Belo Horizonte é o objetivo da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor na próxima terça-feira (6/5), às 10h, no Plenário Helvécio Arantes. O vereador Uner Augusto (PL), autor do requerimento da reunião, pretende não só analisar as dificuldades enfrentadas por quem pretende adotar, mas trazer uma reflexão sobre perspectivas de melhoria, incluindo a estrutura oferecida pelo poder público. “Precisamos discutir as políticas públicas implementadas e, principalmente, quais as ações previstas para incentivar e agilizar os processos de adoção na cidade”, afirma. Aberto ao público, o encontro pode ser acompanhado presencialmente ou on-line no Portal da CMBH ou no canal da Câmara no YouTube. 
 
Faixa etária é barreira
 
Segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há, em Minas Gerais, 3.943 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, vivendo em abrigos. Desses, 685 estão disponíveis para adoção. A quantidade de pretendentes habilitados a adotar é muito maior: 4.465. A grande dificuldade está na faixa etária dos abrigados e nas idades desejadas pelos aspirantes a se tornarem pais. Enquanto 81% dos meninos e meninas à espera de uma família têm mais de 6 anos de idade, apenas 17% dos pretendentes aceitam crianças e adolescentes nessa faixa etária
 
Convidados
 
Entre os convidados para a audiência estão o secretário municipal de Assistência Social, Josué Valadão; o juiz titular da 2ª Vara Cível da Infância e da Juventude, Marcelo Augusto Lucas Pereira; a promotora da 23ª Promotoria de Justiça de Defesa das Crianças e dos Adolescentes, Matilde Fazendeiro Patente; o defensor público Wellerson Eduardo da Silva Corrêa, da Defensoria Especializada nos Direitos das Crianças e dos Adolescentes; e a desembargadora Valéria Queiroz. A fundadora do Instituto Adotar, Mônica Rodrigues Corrêa, vai falar sobre o trabalho que realiza com crianças, adolescentes e famílias em alto grau de vulnerabilidade. Pais e filhos que passaram pelo processo de adoção foram chamados a participar e darem depoimentos sobre como a experiência mudou suas vidas. 
 
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