CPI DA COVID-19

Controvérsia entre subsecretário da PBH e dono do Oiapoque deve ser sanada em acareação

Oitiva está marcada para esta quinta (9/9), às 9h. Objetivo é esclarecer parte da doação de respiradores feita à PBH 

quarta-feira, 8 Setembro, 2021 - 13:30
Fachada da portaria 4 da CMBH

Foto: Cláudio Rabelo/ CMBH

O subsecretário municipal de Administração e Logística da PBH, Breno Seroa Motta, e o proprietário do Shopping Oiapoque, Mário Valadares, vão depor novamente na CPI da Covid-19, em uma acareação marcada para esta quinta-feira (9/9), às 9h, no Plenário Helvécio Arantes. Segundo o requerimento, assinado por Irlan Melo (PSD), a acareação quer esclarecer as contradições observadas entre os depoimentos do subsecretário e do proprietário do shopping popular sobre doação de respiradores à PBH. Enquanto Breno Seroa afirmou nunca ter participado da negociação para a doação de respiradores pulmonares, Mário Valadares assegurou ter negociado com o gestor a compra de peças para oito respiradores doados pelo empresário à Secretaria Municipal de Saúde.
 
Em depoimento dado em 15 de julho o dono do Shopping Oiapoque prestou esclarecimentos aos vereadores sobre a doação de 25 unidades de peças para ventilador pulmonar adulto; 5 para ventilador pulmonar pediátrico; 15 para ventilador pulmonar, válvula expiratória; 15 para ventilador pulmonar, diafragma da válvula expiratória e 8 unidades de ventiladores pulmonares.  A doação foi feita em julho de 2020, mas o extrato do processo só foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) no dia 1º de junho deste ano. Mário Valadares afirmou que o secretário de Saúde, Jackson Machado, só teria ciência da doação de oito ventiladores pulmonares e que todo o restante foi tratado com outros servidores, entre eles, o subsecretário municipal de Administração e Logística da PBH.

Ouvido pela CPI no último dia 16 de agosto, Breno Seroa afirmou que não tomou parte na negociação para a doação de respiradores pulmonares e que a função da subsecretaria foi apenas de confirmar a documentação e ratificar o ato após o processo já se encontrar perfeitamente instruído.  Segundo ele, as doações à PBH, no contexto da pandemia, foram um total de 270, somando um valor de cerca de R$21 milhões. Perguntado se teria a documentação de todas estas doações – quem doou, o que doou, quanto e onde está  –  o subsecretário respondeu positivamente e se disponibilizou a apresentar os dados. 
 
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