Condições de trabalho e infraestrutura nas estações de metrô preocupam vereadores
Nesta segunda (23/8), visitam estações Central e Santa Inês; Sindmetro informou sobre infiltrações nas bilheterias e salas operacionais
Foto: Divulgação/ CBTU
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário realiza, na segunda-feira (23/8), duas visitas técnicas com o objetivo de verificar as condições de trabalho e infraestrutura das estações de metrô em BH. As atividades foram solicitadas por Iza Lourença (Psol) e preveem visita à Estação Central, às 14h, e à Estação Santa Inês, às 15h. Na justificativa para as visitas, Iza explica que, desde 2019, o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindmetro) tem recebido reclamações dos assistentes operacionais, lotados nessas estações, sobre infiltrações na estrutura das bilheterias e salas operacionais, o que teria gerado mofo e mau cheiro nas dependências, comprometendo ainda a saúde dos trabalhadores e usuários.
“A situação é tão delicada que o Sindmetro chegou a requerer a imediata interdição da bilheteria e da sala de serviços operacionais para realização da obra de saneamento desse problema, para que sejam reestabelecidas, novamente, condições mínimas ao ambiente de trabalho”, afirmou. E solicitou o convite dos deputados federais Áurea Carolina (Psol) e Rogério Correia (PT), de um auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e das entidades Sindimetro e Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
Metrô
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) é a empresa responsável pela implantação, gestão e operação do Metrô de Belo Horizonte, através da Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte, denominada CBTU/STU-BH. Ela desenvolve atividades em nove centros urbanos do país, atuando também nas cidades de Recife, João Pessoa, Maceió e Natal.
A linha 1 da CBTU Belo Horizonte (Eldorado - Vilarinho) possui 19 estações e 28,1 km de extensão e transporta, em média, 210 mil passageiros/dia. O trecho liga o bairro Água Branca, no município de Contagem, ao bairro Venda Nova, na capital mineira, e segue a diretriz do Ribeirão Arrudas e da linha de carga, promovendo a mobilidade entre diversas áreas da Região Metropolitana. O transporte se dá de maneira pendular entre as estações terminais Eldorado e Vilarinho, e é característico de tronco alimentador, no qual os passageiros se direcionam das pontas para o centro.
Como tangencia a área central de Belo Horizonte, a linha 1 promove a conexão com outras quatro integrações nas estações Santa Efigênia, Central, Lagoinha e Carlos Prates. Ela também possui terminais de integração com o sistema de ônibus nas estações Vilarinho, Eldorado, São Gabriel e José Cândido.
As estações Vilarinho e São Gabriel também estão interligadas aos corredores exclusivos do sistema MOVE, da BHTrans. Anexo à estação José Cândido, funciona um Terminal Rodoviário, do qual partem ônibus com destino a Brasília, Belém, Campos dos Goytacazes e São João da Barra, no Rio de Janeiro, além das cidades do Espírito Santo e da região Nordeste do país, com exceção de Bom Jesus da Lapa, na Bahia.
A tarifa unitária do metrô sofreu um reajuste, em 20 de março deste ano, passando de R$ 4,25 para R$ 4,50, o equivalente ao aumento de 6% no preço da passagem. Atrasos e superlotação, devido a furto de cabos; funcionamento em escala reduzida, atendendo a reivindicação de trabalhadores por segurança contra a covid-19; e greve no setor, também em razão da pandemia, foram alguns dos cenários relacionados à instituição noticiados pela imprensa neste ano.
Superintendência de Comunicação Institucional