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Comissão Especial que acompanha seleção de expositores foi atuante no semestre

Comissão Especial que acompanha seleção de expositores foi atuante no semestreCriada no início do ano para analisar o edital de licitação da Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena, a Comissão Especial de Estudo da Câmara Municipal trabalhou intensamente na primeira metade do ano.
Comissão Especial que acompanha seleção de expositores foi atuante no semestreCriada no início do ano para analisar o edital de licitação da Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena, a Comissão Especial de Estudo da Câmara Municipal trabalhou intensamente na primeira metade do ano. Depois de ouvir protestos de dezenas de expositores insatisfeitos com os critérios de escolha, os vereadores avaliaram as exigências do edital e apontaram uma série de irregularidades. A atuação dos parlamentares da capital foi decisiva para alertar a sociedade e o poder público para as incoerências da seleção.

Depois de diversas manifestações contrárias por parte dos atuais expositores da feira, o edital publicado pela Prefeitura em dezembro de 2010, foi suspenso pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em março. A licitação selecionava novos ocupantes das 2.292 barracas da feira com base em critérios como grau de escolaridade e condição socioeconômica. A liminar concedida pela Justiça suspendeu a seleção com base nas mesmas falhas indicadas pelos vereadores.

Retrospectiva
Uma reunião especial na Câmara, no dia 7 de fevereiro, mobilizou centenas de expositores que protestaram contra os critérios do edital. No encontro, o vereador Wagner Messias “Preto” (DEM) sugeriu a formação de uma comissão especial para estudar o processo de licitação.

Com o apoio de pelo menos 17 parlamentares, foi criada a “Comissão Especial para acompanhar o processo seletivo dos expositores da Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena”. Em sua primeira reunião, no dia 15 de fevereiro, o vereador Preto foi eleito presidente, e Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), relatora. Ainda formaram o grupo os vereadores Leonardo Mattos (PV) e João Bosco Rodrigues (PT).

As considerações iniciais sobre o estudo do edital foram apresentadas pela Comissão no dia 21 de fevereiro. Os parlamentares começaram a avaliar ponto a ponto o documento, sugerindo alterações, mudando a redação de artigos e até mesmo excluindo determinados itens. Na ocasião, os vereadores já criticaram a grande pontuação atribuída à avaliação socioeconômica, eleita como critério primordial da seleção. Para eles, a aptidão técnica é que deveria ocupar o primeiro plano na escolha dos artesãos.
No dia seguinte, a Comissão Câmara recebeu os deputados estaduais Rogério Correia (PT), Délio Malheiros (PV) e Carlin Moura (PCdoB), na tentativa de somar esforços com a Assembleia Legislativa e propor alternativas viáveis para alterar o processo.
Em março, mais duas reuniões na Câmara deram continuidade às discussões em torno do edital. No dia 14, a relatora da Comissão Especial, Maria Lúcia Scarpelli, apresentou um relatório parcial sugerindo a anulação do edital de licitação e a elaboração de novas regras para a seleção. O relatório apontava falhas do processo e sugeria alternativas para a disputa pelas vagas na feira.
Finalmente, no dia 21 de março, a Comissão concluiu o estudo do edital apontando 18 irregularidades. Os vereadores propuseram a inversão dos critérios de seleção, dando prioridade à aptidão técnica e deixando a avaliação socioeconômica dos candidatos para o caso de desempate. O relatório final também incluía um novo critério: a pontuação do tempo de experiência dos atuais feirantes.
O presidente da Comissão, vereador Preto, decidiu encaminhar as conclusões à Promotoria do Patrimônio Público do Estado, ao Tribunal de Contas e à Prefeitura. No mesmo dia, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) chegou a admitir a possibilidade de anular o polêmico processo licitatório.
Superintendência de Comunicação Institucional