TRANSPORTE PÚBLICO

Comissão discute viabilidade de implantação do VLT em Belo Horizonte

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário reuniu vereadores e representantes de usuários e de órgãos ligados ao trânsito nesta terça-feira (10) para avaliar a possibilidade de implantar os Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) como alternativa de transporte público na cidade. Mesmo sendo considerado um possível sistema complementar, na opinião dos presentes, o VLT não elimina a necessidade de expansão do metrô.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário reuniu vereadores e representantes de usuários e de órgãos ligados ao trânsito nesta terça-feira (10) para avaliar a possibilidade de implantar os Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) como alternativa de transporte público na cidade. Mesmo sendo considerado um possível sistema complementar, na opinião dos presentes, o VLT não elimina a necessidade de expansão do metrô.

Segundo o vereador Daniel Nepomuceno (PSB), a reunião foi solicitada com objetivo de tomar conhecimento e informar a população sobre o andamento dos estudos sobre o VLT. “Sabemos que a implantação é a longo prazo e depende de recursos federais e estaduais, mas queremos saber o que já está sendo feito pelo Executivo, em que pé está a questão”, disse.

Carlúcio Gonçalves (PR), presidente da Comissão, ressaltou sua indignação com o transporte público na capital e o esgotamento da capacidade do metrô. “É preciso empenho de nossa bancada estadual e federal e vontade política do Executivo para tomar as providências”, afirmou.

Paulinho Motorista (PSL) defendeu a implantação do VLT, viabilizada por parcerias público-privadas. “Veículos biarticulados sobre trilhos poderiam fazer viagens diretas do Barreiro, Venda Nova ou de Santa Luzia, por exemplo, até o centro de BH, com conforto para o usuário”, disse. Para ele, o VLT é mais barato e atende melhor a população que o Bus Rapid Transit (BRT), ou “trânsito rápido por ônibus”.

Corredores de ônibus

De acordo com o representante da BHTrans, Rogério Carvalho Silva, a Prefeitura já definiu, a curto prazo, a implantação dos corredores de BRT, com vistas especialmente à demanda gerada pela Copa 2014. Quanto ao VLT, Silva informou que os estudos estão em fase inicial, mas apontou sua capacidade reduzida, maior custo e maior tempo de implantação.

O presidente do Instituto de Mobilidade Sustentável - Rua Viva, João Luís da Silva Dias, discorreu sobre vantagens e desvantagens de cada modal, destacando que não são concorrentes. “Todos têm seu espaço na cidade, suas qualidades e limitações”. O especialista defendeu como solução imediata o aumento do número de carros do metrô, seguida pela expansão e criação de novas linhas, inclusive subterrâneas.

“O custo do metrô é mais caro, mas mais caro é ficar sem o metrô”, argumentou Silvinho Rezende (PT). O parlamentar teme que a luta pelo VLT afaste de vez a possibilidade de obter recursos para a expansão do metrô na capital e região metropolitana.

A Presidente da Associação de Usuários de Transporte Coletivo de BH e Região, Gislene Gonçalves, também acredita que o VLT sozinho não atenderá a demanda de transporte de massa na cidade.

O consenso geral foi de que vereadores, técnicos, usuários e órgãos de trânsito devem exercer pressão sobre o Executivo Federal, Estadual e Municipal e ampliar a discussão com os usuários, para solucionar os problemas de mobilidade em BH e na Região Metropolitana.

Também estiveram presentes os vereadores Gunda (PSL) e Heleno (PHS); Edson Aires dos Anjos, representando o superintendente regional do DNIT; Felipe Couto, representante do Ministério Público.

Outros assuntos da Comissão

Antes da audiência pública, a Comissão aprovou parecer favorável ao Projeto de Lei 1468/11, de Joel Moreira Filho (PTC), que determina a instalação de tampas de bueiros e poços de visita do Município no mesmo nível da pista de rolamento, evitando acidentes e danos a veículos.

Também foi aprovado o agendamento de reunião com o Comando de Policiamento da Capital (CPC) para entregar ofício pedindo maior policiamento no entorno da Estação São Gabriel, além de cópia da ata da audiência pública que debateu as condições de segurança do local.

Quanto à correspondência recebida da Associação de Moradores e Empresários do Bairro Sion (AMISION), encaminhando abaixo-assinado relativo a problemas com a linha de ônibus 9105 (Nova Vista-Sion), a Comissão decidiu convidar a diretoria da entidade e representante da BHTrans para discutir o assunto.

Superintendência de Comunicação Institucional