CPI das Barragens vai visitar ponto de captação da Copasa no Rio Paraopeba

Responsável pelo abastecimento de água de quase 30% do município de Belo Horizonte e de grande parte da região metropolitana, a bacia do Rio Paraopeba está em risco de contaminação e tem preocupado os parlamentares, desde o recente rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale na Mina do Córrego Feijão (Brumadinho, MG), que atingiu o leito do rio. Criada para apurar os impactos desse ocorrido, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Barragens vai visitar o ponto de captação da Copasa no Rio Paraopeba, que teria sido suspenso para evitar contaminação. A atividade está prevista para a próxima terça-feira (26/3), a partir das 9h30, e deve verificar a qualidade da água e as medidas de segurança que estão sendo adotadas para assegurar a manutenção do abastecimento da RMBH.

Em funcionamento desde 2015, a estrutura de captação de água da Copasa instalada no Rio Paraopeba, em Brumadinho, extrai até cinco mil litros de água bruta por segundo no manancial. O volume captado é encaminhado, por meio de adutora de aço, à Estação de Tratamento (ETA) do Rio Manso, onde se integra ao Sistema Paraopeba, composto pelas represas do Rio Manso, Serra Azul e Várzea das Flores. O sistema é responsável pelo abastecimento de água para mais de dois milhões de pessoas em BH e na região metropolitana. Após o rompimento da barragem da Vale, a Copasa informou que a captação no Paraopeba foi suspensa para evitar contaminação.

Coautores do requerimento para a visita, Edmar Branco (Avante) e Bella Gonçalves (Psol) devem contar com a presença do secretário municipal de Meio Ambiente, Mário de Lacerda Werneck, e de representantes da Copasa; do subcomitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba; da Gerência de Monitoramento de Qualidade de Águas da Secretária de Estado de Meio Ambiente, e do Comitê de Crise da Sociedade Civil.

Entre outras questões, os convidados devem responder sobre os impactos da paralisação da captação no local para o abastecimento de água, uma vez que a estação foi construída para afastar um possível um colapso nos últimos anos. Ainda, deve ser verificado quando a captação de água foi de fato interrompida, quais foram as medidas para solucionar o problema, qual a previsão de se reestabelecer a captação de água no local e qual o nível de comprometimento dessa água para o consumo humano e para os animais.

Superintendência de Comunicação Institucional