Comunidade pede instalação de semáforos em cruzamento do Bairro Tirol
Inúmeros acidentes já aconteceram no local, onde as duas vias de mão dupla permitem conversões à esquerda e à direita
Foto: Ernandes/Câmara de BH
Com intenso fluxo de veículos, incluindo ônibus e caminhões, a confluência entre a Av. Afonso Vaz de Melo e Rua Madre Paulina já registrou inúmeros acidentes e representa um risco constante para pedestres e motoristas. Em visita técnica realizada na manhã desta sexta-feira (30/11), a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário verificou de perto a situação e ouviu lideranças comunitárias e moradores, que solicitam a instalação urgente de semáforos e sinalização horizontal no local. A atividade foi acompanhada por representantes da Prefeitura e BHTrans, que se comprometeram a encaminhar a demanda com a maior celeridade possível.
Segundo o presidente da Associação Tirol Ativo, Edson Amorim e outros moradores que receberam o vereador Wesley Autoescola (PHS), são frequentes os conflitos de passagem e as colisões entre veículos naquela interseção, já que ambas as vias são de mão dupla e permitem conversões à esquerda e à direita. O ângulo fechado entre elas dificulta bastante a visibilidade para os motoristas que descem a Rua Madre Paulina em direção à avenida, especialmente os que convertem à esquerda na direção centro-bairro. Para complicar a situação, o cruzamento fica logo depois de uma curva, reduzindo a visão e o tempo de reação dos veículos que trafegam no sentido bairro-centro.
Além disso, a rua é estreita e permite o estacionamento nos dois lados, o que agrava as retenções no local quando carros e caminhões provenientes da avenida tentam adentrá-la e se deparam com os que estão parados na esquina, aguardando a oportunidade de atravessar a pista. A confusão que se forma, além de prejudicar o fluxo do trânsito em ambas as vias, representa um alto risco para os pedestres, que são obrigados a atravessar entre os veículos.
Ônibus, carretas e carroças
Durante a visita, o secretário de Assuntos Institucionais da Prefeitura, Silvinho Rezende, os representantes da Coordenadoria de Atendimento Regional Barreiro, Rogério Costa, e da BHTrans, Anderson Leal e Fernando Rezende puderam constatar as alegações da comunidade, presenciando a dificuldade encontrada por uma imensa carreta ao realizar a conversão, devido à falta de espaço suficiente para execução da manobra. Mesmo fora do horário de pico, foi possível observar o grande número de caminhões e ônibus que trafegam na Avenida Afonso Vaz de Melo, alguns em alta velocidade; também foram observadas carroças de tração manual e animal na via, devido à existência de um Local de Entrega Voluntária (LEV) de materiais recicláveis um pouco mais à frente.
Os moradores relataram acidentes e atropelamentos ocorridos no cruzamento, muitos resultando em óbitos ou ferimentos graves, causados pela ausência de semáforos. A placa de PARE afixada na Rua Madre Paulina, segundo Edson Amorim, não é suficiente para evitar que os veículos acessem a avenida sem a devida cautela, reforçando a necessidade da sinalização horizontal. A atenção do poder público para a questão teria sido solicitada há cerca de dois anos. Na ocasião, técnicos da BHTrans estiveram no local e se comprometeram a realizar um estudo técnico, mas nada foi feito até o momento. O líder comunitário sugeriu ainda a proibição da conversão à esquerda dos carros que descem a rua, que passariam a acessar a avenida por uma via localizada mais acima, permitindo a instalação de um semáforo de apenas dois tempos.
Urgência e priorização
A instalação de uma unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi) na Madre Paulina e a construção de um centro comercial na Afonso de Melo Franco, exatamente em frente ao cruzamento, é motivo de preocupação para os moradores, já que o tráfego e a demanda por estacionamento deverá aumentar de forma significativa. Diante disso, eles pediram que a solução para o “gargalo” seja apresentada o mais rápido possível, sugerindo que seu custeio seja incluído entre as contrapartidas a serem impostas aos empreendimentos. Anderson Leal exibiu o estudo técnico elaborado pela BHTrans, no qual são consideradas as possibilidades de intervenção no local, incluindo a instalação de ilha de segurança para pedestres.
O gestor explicou que o estudo terá de ser revisto e atualizado antes de ser encaminhado ao setor orçamentário, e estimou o prazo de 30 dias entre a conclusão do planejamento e a entrega da planilha de custos. No entanto, ele ressaltou que existem inúmeras outras demandas em diversos pontos da cidade e que os recursos disponíveis são limitados, impossibilitando o estabelecimento de um prazo para o início das intervenções. Silvinho Rezende se comprometeu a reforçar a demanda junto ao prefeito, solicitando sua execução no menor tempo possível, além da aplicação imediata de medidas emergenciais, como a pintura das faixas.
Requerente da visita técnica, Wesley Autoescola anunciou que, assim que o orçamento estiver concluído, um requerimento de urgência será encaminhado oficialmente aos órgãos competentes por meio da Comissão de Transporte e Sistema Viário, da qual é vice-presidente.
Superintendência de Comunicação Institucional