Moradores do entorno do Córrego do Embira convivem com risco de inundações
Ofício será enviado ao poder público solicitando limpeza, drenagem do leito e contenção das encostas
Foto: Sisley Chaves / CMBH
O início do período de chuvas aumenta os riscos de inundação, desabamentos de casas e deslizamentos de terra, principalmente para aqueles que vivem em áreas consideradas de risco. Para verificar as condições do Córrego do Embira, localizado na Região Norte da Capital, e das moradias situadas no entorno, a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana realizou visita técnica ao local, na manhã desta terça-feira (24/10). De acordo com o requerente da atividade, vereador Edmar Branco (PTdoB), ofício será enviado ao poder público, solicitando a realização de medidas de prevenção a enchentes, como limpeza, drenagem do leito e contenção das encostas do córrego, além da realização de campanhas educativas.
Estima-se que cerca de 1.200 famílias vivem em 300 casas construídas às margens do Córrego do Embira, na Vila Biquinhas. Um rio de esgoto e lixo é ameaça constante para os moradores, que também se arriscam diariamente na travessia de pontes improvisadas de madeira. Preocupados com riscos de inundações, a comunidade reivindica a intervenção dos órgãos públicos responsáveis, como forma de minimizar os desastres provenientes das enchentes nesta época do ano.
Poder público
Apesar do problema enfrentado pela comunidade, a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) anunciou que não existe nenhum recurso financeiro previsto para obras no local. No entanto, são realizadas vistorias nas áreas consideradas de risco, com a finalidade de diagnosticar e indicar as medidas corretivas que possam ser realizadas pelos moradores ou pela própria PBH.
Representante da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Milton Campos lembra que a ocupação desordenada, juntamente com a prática de deposição inadequada de lixo e de rede improvisada de esgoto no córrego são fatores que contribuem para o agravamento da situação das famílias. “Somente no período de 21 a 30 de setembro deste ano, foram retiradas 48 toneladas de lixo do córrego”, afirmou Campos, ao garantir que frequentemente são feitas intervenções de limpeza.
Responsável pelo monitoramento das áreas de risco, a Defesa Civil informou que todas as ações do órgão têm como objetivo evitar acidentes graves e preservar vidas, e que no período que antecede as chuvas, os trabalhos com os Núcleos de Defesa Civil (Nudec’s) e com os Núcleos de Alerta de Chuva (NAC’s) nas comunidades são intensificados.
O representante do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres (Bemad), capitão Enock, afirmou que “qualquer intervenção que não for a retirada destas famílias da área de risco é um paliativo, tendo em vista que córrego já se encontrava no mesmo local ao longo dos últimos anos, e assim vai permanecer”.
Encaminhamentos
Após a visita, Edmar Branco apontou a necessidade de uma maior intervenção do poder público e da comunidade, para aplicação de medidas que amenizem os riscos de inundações no local. Branco informou que será enviado um ofício para os agentes públicos responsáveis, solicitando interveções capazes de garantir mais segurança aos moroadores da região.
Superintendência de Comunicação Institucional
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