Câncer está na mira da Câmara Municipal

“O câncer tem cura?”. Essa foi a pergunta em destaque no estande montado na última quinta-feira, 16 de abril, no hall do restaurante da Câmara Municipal de Belo Horizonte, com objetivos de comemorar o dia mundial de combate à doença (8 de abril) e de aumentar a conscientização sobre  as formas de  prevenção e tratamento da doença  com informações  e esclarecimentos.

A Casa promoveu uma série de atividades voltadas ao combate ao câncer. A iniciativa foi da Divisão de Assistência, Saúde e Segurança do Trabalho. 

Na sexta-feira, 17, no hall do restaurante da Câmara, um estande educativo forneceu informações sobre os principais elementos causadores da doença, como fumo, alcoolismo, alimentação inadequada, exposição aos raios solares, má higiene corporal, principalmente genital e dentária, e estresse. O câncer de mama, tipo mais incidente em mulheres acima de 40 anos, foi destaque no estande.  

Durante o evento também foram distribuídos folhetos informativos e houve apresentação de vídeo sobre qualidade de vida, prótese de mama, a prática do auto-exame dos seios, alimentos ricos em fibras e fatores de prevenção ao câncer.

Palestra

A médica Beatriz Diotti, médica-cirurgiã,  coloproctologista do Hospital Mário Penna, da  unidade Luxemburgo, ministrou uma palestra com o tema “Câncer de Intestino”, terceira doença que mais mata entres os homens e segunda entre as  mulheres.   O evento ocorreu no Plenário Paulo Portugal, às 10 horas.

De acordo com a médica, o diagnóstico precoce é importante, porque quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maiores são as chances de cura e de melhoria da qualidade de vida do paciente.

Segundo Beatriz Diotti, de 85% e 90% dos casos de câncer de intestino têm como causas os chamados fatores  ambientais – alimentação, dieta pobre em fibras, álcool, fumo, obesidade,  e ter mais de 50 anos de idade - e entre 10% e 15% fatores genéticos.

A profissional informou que, quanto mais desenvolvida a região maior a incidência do câncer de intestino. “No Brasil, a região Sudeste tem os maiores índices. É a facilidade de acesso a comidas agressivas, com muitas fritura e gordura – como os fast foods. Além disso, há o estresse da vida urbana, a pressa até na hora da alimentação. Tudo acaba formando um conjunto altamente favorável  à doença”, explicou.

A médica revelou ainda que o tratamento do câncer de intestino passa sempre pela intervenção cirúrgica. “Não tem como tratar do câncer de intestino sem  a cirurgia. Ela é  necessária para melhorar a qualidade de  vida do paciente e quanto mais cedo for feita, maiores as chances de uma sobrevida com qualidade”, lembrou. “A ingestão de alimentos ricos em fibras e atividades físicas são essenciais no combate e  na prevenção da doença”, finalizou.

Segundo a organizadora do evento e enfermeira do trabalho na CMBH, Dalvacy Sathler Rodrigues, “o câncer tem cura sim, mas se a diagnosticação e tratamento não se iniciarem no estágio pré-clínico, ou seja, por meio da prevenção, que tem a ver com a qualidade de vida, o humor e os nossos próprios sentimentos de amor a nós mesmos, o câncer pode levar à morte”.

A palavra “câncer” denomina um grupo de doenças cuja principal característica é o crescimento desordenado de suas células. Somente o médico pode diagnosticar o tipo de câncer que o paciente tem e, assim, traçar os planos de tratamentos indicados.

Informações na Seção Médica (3555-1123) e na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/3555-1216).