DIREITOS HUMANOS

Conferência discute acessibilidade na Câmara Municipal

Buscar soluções para melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência, dificuldade de locomoção e idosos. Esse foi o principal objetivo da I Conferência de Acessibilidade, realizada hoje, 28 de março, na Câmara Municipal, em parceria com ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-MG). A iniciativa foi da vereadora Ana Paschoal (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor.

domingo, 30 Março, 2008 - 21:00
Buscar soluções para melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência, dificuldade de locomoção e idosos. Esse foi o principal objetivo da I Conferência de Acessibilidade, realizada hoje, 28 de março, na Câmara Municipal, em parceria com ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-MG). A iniciativa foi da vereadora Ana Paschoal (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor.

A parlamentar lembrou que para garantir às pessoas com deficiência e idosos o acesso aos prédios públicos é necessário a instalação de elevadores especiais, rampas, adaptações de banheiros e ônibus. É preciso, também, proporcionar acesso às escolas e universidades, ao mercado de trabalho e à informação.
“A maior dificuldade que as pessoas com necessidades especiais encontram para superar barreiras é a falta de informação, porque a maioria desconhece os direitos e as garantias asseguradas na Constituição de 1988”, ressaltou a parlamentar.
O presidente do Conselho Municipal do Portador de Deficiência, José Carlos Dias Filho, lembrou que a acessibilidade é a melhor forma para chegarmos à inclusão, garantindo os benefícios sociais.
Dignidade
A presidente da Associação Ibero-americana do Idoso do Brasil, Maria Machado Costa, disse que a realização da conferência mostra que Belo Horizonte é uma cidade acessível a toda população. “Aqui se pode viver com dignidade e respeito, criando, a partir deste debate, um ambiente propício à convivência digna e inclusiva”, constatou.
De acordo com dados divulgados por especialistas, 20% da população brasileira têm algum tipo de necessidade especial. Jussara Xavier Lima, da Associação dos Obesos, defendeu a necessidade da criação de programas de educação e saúde. “Já cheguei a pesar mais de 180 quilos. Sei como é doloroso ir a hospitais e não ter camas nem equipamentos adaptados. Quando precisei fazer uma tomografia tive que ir ao Serra Verde Jóquei Clube e fazer o exame em um tomógrafo usado por cavalos”. Ela falou também sobre a discriminação no mercado de trabalho e até nos momentos de lazer: “Isso porque a obesidade não é considerada uma deficiência plena”, ressaltou.
Participaram da conferência, o Grupo de Danças da Família Down, que fez uma apresentação da dança do ventre; o representante do Crea-MG, Ivo de Oliveira Silva; o deputado estadual Walter Tosta; o coordenador estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência; Flávio  Couto; a  terapeuta ocupacional, Agda Moura;  e os representantes do secretário municipal de Saúde, Amorim Correia e do Programa “Mãos que Ajudam”, Carlos Delfino.
Comissão mista
Durante a tarde, os participantes encaminharam perguntas aos componentes da mesa. A vereadora Ana Paschoal propôs a criação de uma comissão mista, composta por parlamentares, representantes do Crea-MG e da sociedade civil.
O coral “Anos Dourados”, composto por um grupo da terceira idade, interpretou canções antigas, encantando os participantes. Todos se animaram com o forró do grupo “Bom de Mais”, formado por pessoas com deficiência visual, que esteve recentemente em turnê pela Europa.
A conferência foi encerrada pela vereadora Ana Paschoal, que afirmou: “A luta continua até que a acessibilidade possa ser levada a todos os espaços da cidade”.

Informações no gabinete da vereadora Ana Paschoal (3555-1224/1225).