Explicações sobre extinção de linhas de ônibus foram enviadas pela BHTrans
Também de acordo com a BHTrans, apenas em 2016, as concessionárias investiram em ônibus um total de R$ 77,5 milhões
Foto: Abraão Bruck / CMBH
A extinção das linhas 4114 - Bonfim/Centro e 9031 - Nossa Senhora de Fátima/Centro foi objeto de explicações enviadas pela BHTrans à Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário. A empresa também respondeu questionamentos acerca da obrigatoriedade de investimentos no sistema de transporte público coletivo de passageiros por parte das empresas concessionárias. Segundo a BHTrans, apenas em 2016, as empresas investiram em ônibus um total de R$ 77,5 milhões. Informações relativas ao sistema de identificação biométrica nos táxis da capital também foram encaminhadas ao Legislativo em resposta a requerimento. Os membros da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário foram oficialmente informados sobre o encaminhamento destes ofícios de resposta à Câmara durante a reunião ordinária ocorrida nesta quinta-feira (23/7). Confira aqui o resultado completo da reunião.
Sobre a extinção das linhas 4114 - Bonfim/Centro e 9031 - Nossa Senhora de Fátima/Centro, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte informou que a demanda de passageiros da linha 4114 era muito baixa, tornando o serviço inviável economicamente. Segundo a BHTrans, a linha transportava em média 120 passageiros em um dia útil, o que representava uma média de 5 passageiros por viagem. Mesmo assim, prossegue a empresa, havia a demanda por melhoria na oferta de transporte para os usuários do Bairro Bonfim. Já a linha 9031 apresentava, conforme consta no ofício de resposta, sérios problemas de segurança com o seu ponto final localizado na Av. do Contorno, entre as Ruas 21 de Abril e Acre. A intenção ao se criar a linha 9415 foi, segundo a BHTrans, possibilitar o aumento na oferta de viagens e a mudança do ponto final da linha 9031 para o Bairro Bonfim, melhorando as condições de operação. O seu itinerário, passando pela Av. Augusto de Lima e a Rua São Paulo teria proporcionado, também conforme a BHTrans, melhor acessibilidade na área central. A nova linha garantiu, ainda, novas ligações para os usuários: os moradores do Bairro Bonfim ganharam a ligação com a Área Hospitalar e a Região Leste; já os residentes no Nossa Senhora de Fátima ganharam a ligação com a Av. Dom Pedro II. De acordo com a BHTrans, as alterações foram aprovadas em reuniões com as comunidades envolvidas e as comissões de transporte. As respostas foram enviadas à Câmara em decorrência de requerimento do vereador Gabriel (Patri).
Investimento pelas empresas de ônibus
Em resposta a requerimento de autoria de Irlan Melo (PSD) sobre a obrigatoriedade de investimentos por parte das empresas concessionárias do sistema de transporte público coletivo de passageiros, a BHTrans afirmou que, em 2016, as concessionárias investiram em ônibus um total de R$ 77,5 milhões. Conforme a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A, a renovação da frota de ônibus é um investimento importante das concessionárias para atender às determinações previstas em edital. De acordo com a normatização vigente, a frota de cada concessionária deve possuir idade média máxima de 4 anos e 6 meses ou a idade média prevista em sua proposta técnica. A BHTrans informa, ainda, que é admitida uma variação acima da idade média de até doze meses, por um período máximo de seis meses, a cada três anos do prazo de vigência do contrato.
As concessionárias também são obrigadas, por contrato, a instalar, conservar e manter as garagens, bem como são responsáveis pelo Sistema Inteligente de Transporte (SITBus), que é o conjunto de sistemas, equipamentos, softwares, hardwares, dados, serviços, instalações e informações voltados para a gestão e fiscalização dos serviços, em especial a cobrança eletrônica de tarifa, a gestão e a operação da frota e das instalações, além da prestação de informações aos usuários. No ano de 2016, os investimentos no SITBus foram de R$1,5 milhão.
Biometria nos táxis
A BHTrans também apresentou informações sobre os serviços do Sistema de Biometria, que é obrigatório para os táxis da capital. Os esclarecimentos foram dados em resposta a requerimento de autoria do vereador Jair Bolsonaro Di Gregório (PSD).
Segundo a BHTrans, o equipamento biométrico é um taxímetro preparado para receber biometria, e o acionamento do taxímetro só pode ser realizado por operador devidamente cadastrado. Ainda conforme a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte, o equipamento biométrico permite monitorar o número de horas trabalhadas pelo motorista e pelo veículo, melhorando tanto as questões relacionadas à segurança dos usuários, quanto as relacionadas à disponibilidade dos veículos para a população. As informações registradas no taxímetro são enviadas via rádio para a BHTrans, fornecendo uma base de dados para fiscalização, análise e proposições de ações. Quanto à satisfação deste serviço de biometria junto aos taxistas, a BHTrans informa que não foram realizadas pesquisas formais de satisfação. Contudo, a empresa diz contar com canais de comunicação com os usuários e operadores e afirma que todos os registros acerca deste e de outros temas são coletados e utilizados para promover a melhoria dos serviços ofertados.
Assista ao vídeo da reunião na íntegra.
Superintendência de Comunicação Institucional