Secretário-geral da CMBH, Pablo Almeida é o sexto entrevistado em videocast
Em primeiro mandato, vereador do PL fala da fiscalização do Executivo e que projetos são resposta a quem o acusa de “caçar likes”

Foto: Cristina Medeiros/CMBH
Recados em série aos “haters”. Sexto entrevistado do programa Câmara em Foco em formato videocast, o vereador Pablo Almeida (PL) aproveitou para responder àqueles que o atacam nas redes sociais, seja acusando-o de não propor projetos de lei, seja imputando a ele a pecha de propor apenas ideias tidas como “caça-cliques”. Ao comentar sobre o primeiro PL de sua autoria aprovado em 1º turno pelo Plenário, que autoriza a Prefeitura de BH a fornecer sensores de monitoramento glicêmico contínuo para pacientes com diabetes tipo 1, ele ressaltou que só essa proposta já “quebrava a narrativa de quem fala que ou fazemos projetos caçando like ou que não estamos pensando em Belo Horizonte”. Em outro momento, quando perguntado sobre duas propostas para a área de segurança nas escolas, ele fez questão de rechaçar novamente as críticas. “Está ficando difícil para o meu hater. Para quem fala que eu não trabalho, está aí a resposta”, afirmou. Pablo – que é o vereador mais votado da história da capital, com quase 40 mil votos – falou de projetos em tramitação, como o que regulamenta o transporte de passageiros por aplicativo em motocicletas, mas também de sua atuação como secretário-geral da Casa, do questionamento do repasse da prefeitura para a organização da Parada LGBTQIAPN+ e de sua atuação na fiscalização da administração municipal.
Transporte de passageiros em motos
Além de ampliar oportunidades de trabalho para profissionais autônomos, Pablo Almeida disse acreditar que o PL 19/2025, que regulamenta o serviço de transporte em motos via aplicativos em BH, pode ser ainda uma alternativa para o trânsito cada vez mais complicado da capital mineira. Sobre as críticas de que o transporte não seria seguro e poderia aumentar o número de acidentes com esses veículos, ele diz que nenhum estudo relaciona o crescimento de acidentes na cidade com as plataformas. “Esses especialistas, que falam essas coisas, não se baseiam em dados, mas em fontes do Tororó, em ‘vozes da minha cabeça’”, falou.
“Esse projeto surgiu por causa da necessidade dos trabalhadores de levar, de forma honesta, o pão para suas casas. Eles estão trabalhando, gerando emprego, gerando renda. E o nosso projeto, ao contrário do que dizem, garante segurança, tanto para o motorista quanto para o passageiro”, afirmou Pablo.
De acordo com o parlamentar, cerca de 98% das viagens terminam de forma tranquila. Nas vezes em que acontece algum acidente, em “pouquíssimos ou quase nunca há uma vítima fatal”. “Nosso projeto vai garantir que esse serviço continue a ser prestado na nossa cidade e cada vez com mais segurança”, disse.
Proibição a crianças em eventos com nudez
Pablo falou ainda sobre o PL 11/2025, que ele assina com Sargento Jalyson, Uner Augusto e Vile, também do PL. A proposta busca proibir a presença de crianças em eventos culturais, carnavalescos e artísticos que apresentem exposição de nudez ou conteúdo inapropriado a menores de idade. “Nós vemos, infelizmente, que pessoas completamente irresponsáveis acabam levando crianças para ambientes em que de fato elas não deveriam estar. Para mim, de verdade, se a gente tivesse uma sociedade saudável, não seria nem necessário propormos esse projeto de lei”, falou.
Ele citou uma pesquisa divulgada pelo jornal Gazeta do Povo que mostrou que crianças expostas a “conteúdos semelhantes ou parecidos aos que são exibidos no Carnaval ou na parada LGBT” estariam mais sujeitas a serem vítimas de abusos. Também teriam uma falsa identificação de seu próprio corpo.
“Bastaria que as pessoas utilizassem um pouco mais da sua capacidade cognitiva e falassem: ‘Poxa, eu não vou deixar a minha criança exposta a um ambiente de nudez, de músicas pornográficas, de encenações’. Eu não quero proibir Carnaval, não tenho o poder de fazer isso na Câmara, proibir parada LGBT ou proibir qualquer manifestação que as pessoas queiram fazer. Mas, primeiro, que façam sem dinheiro público. Segundo, quer fazer, vai lá e faz, mas não mexam com as nossas crianças, deixem as nossas crianças em paz”, disse.
Pablo lembrou de seu questionamento, juntamente com Uner Augusto, sobre o repasse da prefeitura de R$ 450 mil para a organização da Parada LGBTQIAPN+, que ocorreu na cidade em 20 de julho. “Eu exerci o meu papel de fiscalizador. Como você entrega esse dinheiro na mão de uma determinada instituição sem nenhuma concorrência, sem uma licitação? É o dinheiro do pagador de imposto de Belo Horizonte, que não tem segurança de qualidade, não tem saúde de qualidade, não tem educação de qualidade, indo para um movimento político”, salientou.
Segurança nas escolas
O secretário-geral da Câmara destacou projetos de sua autoria que tratam da segurança nas escolas da capital. O primeiro deles permite às escolas municipais contarem com a presença de vigilância armada e também libera que as unidades educacionais estabeleçam convênios com forças de segurança. Já o segundo, trata da colocação de câmeras em alguns pontos do ambiente escolar.
Pablo lembrou que havia protocolado há poucos dias um terceiro projeto nessa área, que tem como alvo exatamente quem transmite conhecimento aos alunos. “Eu não quero dar spoiler, mas posso adiantar que é um projeto sensacional para a segurança dos nossos professores”, ressaltou.
Fiscalização
Para terminar a conversa, Pablo falou dos 4,2 mil ofícios que encaminhou à administração municipal cobrando soluções para problemas diversos que assolam a vida dos moradores de BH. “É uma oportunidade da prefeitura tomar conhecimento desses problemas e resolvê-los”, disse. Ele também lembrou que é autor de diversas indicações e pedidos de informação.
“Quando eu faço um ofício, por exemplo, sobre um buraco de rua, estou tentando resolver um problema que é de toda a população. Quem cai no buraco pode ser um cara de direita, um cara de esquerda, um cara de centro, um cara que nem partido tem, que pode nem pensar em política. Mas quando a prefeitura resolve é um problema a menos entre os inúmeros que temos na nossa cidade”, falou.
Ele aproveitou os números para, mais uma vez, mandar um recado para seus detratores das redes sociais: “Estou fazendo aquilo que eu disse que faria no meu primeiro dia de mandato, que é levar o poder público onde ele não chegava anteriormente”.
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