CPI visita Arena MRV para apurar contrapartidas exigidas pela PBH
Parlamentares buscam corroborar ou não as denúncias de intervenções do Executivo no processo de construção do estádio do Galo
Foto: Claudio Rabelo/CMBH
A Comissão Parlamentar de Inquérito - Abuso de Poder na PBH realizou uma visita técnica ao Estádio Arena MRV, no Bairro Califórnia, nesta quinta-feira (9/2). A proposta é conhecer a obra, entender como foi feito o processo de licenciamento e apurar se as contrapartidas - exigidas pela Prefeitura de Belo Horizonte - para a construção do estádio do Clube Atlético Mineiro foram impostas “exclusivamente para prejudicar o andamento das obras do novo complexo esportivo mineiro, por motivos alheios ao interesse da cidade”. A equipe foi acompanhada pelo diretor de engenharia responsável pela obra, Carlos Pinheiro, e pelo gerente de projetos, Diego Pontes.
O presidente da CPI, Wesley (PP), afirmou que “as empresas envolvidas alegam que houve um excesso de pedidos de contrapartidas", o que será tema de debates na comissão.
Relatora da CPI, Fernanda Pereira Altoé (Novo) revelou que já existem documentos e indícios de excesso, mas que a comissão busca evidências mais concretas a respeito da construção deste estádio. "É importante vir aqui e conversar com quem participou de todo processo para entender desde o início como é cada fase do licenciamento e como funciona a relação com a Prefeitura para gente poder analisar a documentação e ver, de fato, se procede ou não esta situação”, afirmou.
Carlos Pinheiro explicou que, de acordo com o projeto, a Prefeitura terá um espaço de 1600 metros quadrados para executar projetos sociais e que a comunidade vai contar com uma esplanada com cerca de 15 mil metros quadrados a céu aberto para realização de eventos e atividades esportivas. Segundo o diretor, toda a manutenção das salas correrá por conta da Arena. Pinheiro também destacou que a estrutura oferece uma área para prática de esporte e lazer e, junto com a unidade básica de saúde e a escola municipal de Educação Infantil, se constitui em um complexo social que vai beneficiar a comunidade local.
Composição e prazo
A CPI do Abuso de Poder na PBH tem prazo de 120 dias, prorrogável por mais 60, para determinar diligências, convocar autoridades, tomar depoimentos, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar informações, documentos e serviços, inclusive policiais, e transportar-se aos lugares onde se fizer necessária a sua presença. O relatório final dos trabalhos será encaminhado pelo presidente da Câmara ao Ministério Público ou à autoridade competente para que se promova a responsabilização civil, criminal ou administrativa do infrator. Compõem a CPI, além dos nomes já citados, os vereadores Cleiton Xavier (PMN), Gilson Guimarães (Rede), Ciro Pereira e Hélinho da Farmácia (PSD), além de Uner Augusto (PRTB), que assumiu a cadeira parlamentar em 2023. Marcos Crispim (PP) também acompanhou a visita desta quinta-feira.
Superintendência de Comunicação Institucional