Colegiado que estudou reformulação da BHTrans vota relatório final e é encerrado
Documento conclusivo cita avanços alcançados com criação da Sumob. Colegiado esteve suspenso nos últimos meses devido à pandemia
Foto: Cláudio Rabelo/CMBH
Eficácia da extinção e resposta à cidade
O relatório aprovado nesta manhã apresentou uma cronologia das reuniões anteriores até a suspensão das atividades e realçou a conquista do objetivo central que era a reformulação da empresa. Segundo os vereadores, neste processo foram ouvidos todos os lados e, em uma atuação conjunta com o Executivo, chegou-se a uma proposta final de texto que deveria ser apresentado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) em meados de julho último e que na Câmara tramitou como Projeto de Lei 160/2021. “Muito embora o texto tenha sido construído em conjunto e a várias mãos” chegou-se “a um consenso sobre praticamente todo o texto que seria votado, ressalvados alguns pontos de divergência comumente verificados em qualquer democracia”, destaca trecho do relatório.
Ainda de acordo com o relatório, após a intensa tramitação na Casa, o texto final votado recebeu 77 emendas de parlamentares, e foi aprovado em 2º turno, em 27 de setembro último, com 30 votos favoráveis, 9 votos contrários e nenhuma abstenção. Um destes votos em contrário foi o da vereadora Iza Lourença (Psol), que também integra a Comissão Especial e se posicionou contra o relatório ora apresentado. Segundo Iza, sua discordância do documento tem origem na sua posição contrária à extinção da empresa de trânsito. “A extinção da empresa não garante a mudança no modelo de transporte e não apresenta garantias para os servidores da BHTrans. Acho importante que o tema da mobilidade e do transporte esteja no centro do debate da cidade e vamos continuar atuando e ouvindo os trabalhadores na Comissão de Administração”, afirmou.
Para o relator Reinaldo Gomes, entretanto, os resultados alcançados são uma resposta que a cidade precisava em relação ao transporte coletivo. “Estamos de alma lavada porque fizemos o melhor. Ainda tem muito para ser feito, mas o início já foi dado”, declarou.
Oitivas realizadas
Criada a partir da assinatura de 23 vereadores, a Comissão Especial de Estudo para Reformulação da BHTrans teve como objetivo também debater a necessidade de revisão do contrato de concessão do serviço de transporte público coletivo de passageiros, a adoção de ações para garantir a transparência dos dados da empresa, bem como a análise das politicas públicas que devem nortear a mobilidade metropolitana.
Integrada pelas vereadoras Iza Lourença (Psol) e Marcela Trópia (Novo) e pelos vereadores Reinaldo Gomes, Wesley (Pros) e Gabriel (sem partido), que a presidiu, a comissão chegou a realizar oitivas importantes como a do presidente da BHTrans, Diogo Prosdocimi, e a que ouviu dirigentes do Movimento Tarifa Zero. Quando ouvido, Prosdocimi contou sobre estudos que a empresa já desenvolve para oferecer na cidade o transporte coletivo sob demanda. Já André Veloso, do Movimento Tarifa Zero, destacou a urgência na revisão do contrato que concedeu por 20 anos o direito das empresas explorarem o serviço de transporte coletivo na cidade; as altas tarifas praticadas e a falta de subsídios.
Assista ao vídeo com a íntegra da reunião.
Superintendência de Comunicação Institucional