Parlamentares cobram explicações sobre aumento do metrô em plena pandemia
Após seis aumentos consecutivos desde 2019, novo reajuste não trouxe melhorias em infraestrutura ou prestação de serviços
Foto: Divulgação CBTU
A tarifa do metrô em BH sofreu seis aumentos escalonados entre maio de 2019 e março de 2020, passando de R$1,80 para 4,25, em menos de um ano, sem que qualquer melhoria no serviço fosse observada pelos usuários ou pelos trabalhadores. Para discutir sobre o último reajuste da tarifa, ocorrido em 20 de março e que elevou o valor para os atuais R$4,50, bem como os impactos causados por esse custo em plena pandemia, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário realiza uma audiência pública no dia 8 de abril, às 13h30, no Plenário Camil Caram.
No requerimento, assinado por Iza Lourença (Psol), são convidados para dar esclarecimentos os ministros de Planejamento, Esteves Colmago, e de Desenvolvimento Regional, Rogério Simonetti Marinho; e o superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-BH), Miguel Marques. Também foram convidados representantes do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários (Sindimetro – MG) e da Associação de Usuários de Transporte Coletivo (AUTC).
Reajuste escalonado
Em abril de 2019, a 15ª Vara de Justiça Federal de Minas Gerais, acatou o pedido da CBTU que justificou a necessidade de reajustar o valor da tarifa na capital mineira alegando não houve alteração nos valores da passagem do metrô por cerca de 13 anos seguidos. A Justiça autorizou um aumento parcelado em seis vezes, fazendo com que os valores fossem reajustados quatro vezes em 2019, passando de R$1,80 para R$ 2,40, em maio; R$2,90, em julho; R$3,40, em setembro; e R$3,70, em novembro - um aumento de 136% em menos de um ano.
Em 2020, houve ainda mais dois aumentos em pouco mais de 60 dias: um em 5 de janeiro, que elevou a tarifa para R$4,00; e outro em 7 de março, quando a passagem do metrô passou a custar R$4,25.
Superintendência de Comunicação Institucional