Estudantes propõem melhorias no entorno de escola no Jardim Vitória

Estacionamento para embarque e desembarque de vans, faixa de pedestres e sinalização de limite de velocidade. Estas foram algumas das sugestões apresentadas em um estudo elaborado pelos alunos do Colégio Cristão Ver, no Bairro Jardim Vitória, e que foi entregue ao vereador Edmar Branco (Avante), durante visita realizada na manhã desta quarta-feira (4/12) pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário ao local. A BHTrans, que participou da visita, assegurou que algumas propostas sugeridas poderão ser implementadas, como a revitalização da sinalização e criação de áreas de embarque e desembarque e parada obrigatória.

Sinalização precária

O Colégio Ver tem cerca de 220 alunos e fica localizado na Rua Otávio Bernardes, uma via de mão dupla de sentido, e que tem um grande fluxo de veículos nos horários de entrada e saída dos estudantes. O trecho, que também é bastante estreito, abriga ainda uma creche infantil, localizada a apenas 100 metros do colégio, e bem próximo ao ponto final da linha 5502 C.

Convivendo diariamente com o tráfego pesado e a confusão de vãs que não têm estacionamento reservado, os alunos, a partir de um projeto trabalhado com a escola, decidiram por propor alterações que pudessem tornar o entorno do colégio um lugar mais seguro para todos. Segundo a diretora Suely Melo, a educação para o trânsito é uma temática adotada pela escola, mas que precisa ter respaldo na vivência real dos adolescentes. “A gente faz esta educação para o trânsito, de atravessar na faixa, de respeitar a sinalização, mas se do lado de fora, em frente da escola já não damos condições para eles exercitarem o que foi aprendido, como fica o que foi ensinado?”, questionou Suely.

Moradora das proximidades há mais de 20 anos, Maria de Lourdes Gomes também concorda que o local necessita de intervenções, pois vem oferecendo riscos a motoristas e pedestres. “Quando dá o horário da saída da creche ninguém consegue nem atravessar a rua, e com ônibus manobrando o trânsito fica mesmo travado, uma loucura", contou Maria de Lourdes.

Possibilidades

O estudo feito pelos alunos não poderá ser acatado em sua totalidade, segundo avaliação do analista de Transporte e Trânsito da BHTrans/Regional Nordeste, Temístocles Prezotti, mas alguns pontos serão atendidos. Segundo Prezotti, sugestões apontadas no estudo, como a colocação de redutores de velocidade e a transformação da via em mão única de sentido dificilmente teriam a aprovação do órgão. “Para redutor de velocidade há uma legislação específica, e aqui sendo uma rua em declive, não teria aprovação. A mão única também não seria viável, pois não existe outra via de acesso”, explicou o analista.

Mas os alunos e moradores da Rua Otávio Bernardes podem esperar por mudanças. Ainda segundo o analista da BHTrans, parte considerável das propostas contidas no estudo poderão ser implementadas. “Vamos fazer o estudo para tentar faixa para os meninos fazerem travessia. Já as ruas perpendiculares, citadas no documento, a 704 e a Januário Borges, vamos fazer uma revitalização da sinalização e vamos tentar colocar uma área de embarque e desembarque das vans, além de parada obrigatória nas esquinas”, explicou Prezotti.

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