BAIRRO CAIÇARA

Comissão mobiliza moradores para audiência pública sobre Aeroporto Carlos Prates

Vereadores se reuniram com representantes da comunidade com o objetivo de ouvir demandas e convocar para o debate desta quinta (7/11)

segunda-feira, 4 Novembro, 2019 - 13:15

Foto: Divulgação CMBH

“Acho que o urgente para moradores é o encerramento das atividades do aeroporto. O grande problema dos moradores é resolver esta questão para que não tenha mais mortes aqui com queda de avião”. O desabafo é do empresário Roberto Neves, morador do Caiçara, bairro que sofreu, nos últimos seis meses, com a queda de dois aviões na mesma rua. “A sensação que a gente tem é que eles veem na Rua Minerva uma possibilidade de pousar, pois a rua é a mais larga que temos na região”, explicou Margarete Souza Santos, também moradora do bairro há 45 anos. Os dois moradores foram ouvidos pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário que fez, na manhã desta segunda-feira (4/11), visita técnica com o objetivo de verificar a situação da rua onde ocorreram os acidentes e convocar a população para a audiência pública que será promovida na próxima quinta-feira (7/11), às 13h30, no Plenário Helvécio Arantes.

O debate sobre o funcionamento do Aeroporto Carlos Prates se aprofundou depois que um avião de pequeno porte caiu na Rua Minerva na manhã do dia 21 de outubro. O acidente ocorreu por volta das 8h. A aeronave decolou do aeroporto com destino a Ilhéus, na Bahia, de acordo com informações do plano de voo. Quatro pessoas morreram e duas ficaram feridas em estado grave. Em abril deste ano, outra aeronave caiu na mesma rua matando o piloto.

Medo

Para o vereador Wesley Autoescola (PRP), o medo está tomando conta de quem mora nas redondezas. “A sensação de insegurança aqui é grande. Nós estamos parados neste local e de repente passa um avião. A gente fica com aquela sensação de insegurança achando que vai cair mais uma aeronave”, afirmou Wesley, que é presidente da Comissão. “É urgente para os moradores a retirada do aeroporto daqui. Levantar esta discussão pode fazer este assunto chegar aos responsáveis como a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Infraero”, destacou o vereador.

Segundo o coordenador de Atendimento da Regional Noroeste, Saulo de Souza Queiroz, o aeroporto está em terreno cedido à Infraero, empresa pública federal que administra aeroportos em todo o Brasil e a administração e fiscalização são feitas pelo governo federal. “O aeroporto é uma concessão feita à Infraero e ligada ao Ministério da Defesa. O terreno era da família Alípio de Melo e hoje está em posse também da Infraero. A Prefeitura está aberta ao diálogo. O prefeito é totalmente aberto a conversar, mas é preciso saber que o aeroporto é uma concessão federal”. Para o vereador Jair Di Gregório, é fundamental cobrar do governo federal uma solução para o problema. “A fiscalização é de responsabilidade federal, não deve estar sendo feita e vamos cobrar. Vamos fazer uma força tarefa para mudar este aeroporto. Tudo bem que a questão não é diretamente da alçada do vereador, mas podemos cobrar. Afinal de contas esta é a cidade onde somos os representantes do Legislativo”, destacou Di Gregório.

A visita, solicitada por meio do Requerimento de Comissão 1286/2019, ainda contou com a presença dos vereadores Pedro Bueno (Podemos), Fernando Luiz (PSB) e Arnaldo Godoy (PT).

Superintendência de Comunicação Institucional

Visita técnica para verificar e fiscalizar a situação da Rua Minerva, próximo ao número 308, no bairro Caiçara - Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário