Ruas que sediam creche, escola e hospital precisam de intervenções para melhoria do trânsito
Local tem tráfego intenso de veículos e pedestres. Demanda é por sinalização, alteração de sentido e estacionamento para escolares
Foto: Bernardo Dias/CMBH
Sede de creche, escola estadual e hospital, as Ruas Itamaracá e Itapagipe, no Bairro Concórdia, registram intenso fluxo de veículos e pedestres. Contudo, as via são estreitas, não possuem estacionamento reservado para veículo escolar, vagas para pessoas com deficiência, e a sinalização é precária. O problema se estende pelas ruas do entorno, como a Urandi. A situação no local foi verificada de perto nesta quarta-feira (18/9) pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário, por solicitação do vereador Edmar Branco (Avante). Representantes da BHTrans e da Regional Nordeste reconheceram a necessidade de intervenções e sugeriram a realização de estudo técnico, a ser debatido com a comunidade, para apontar alternativas para a região.
O Educandário Creche Meninos Jesus, creche que atende 450 crianças nos turnos da manhã e tarde, tem entradas pelas Ruas Itamaracá, Itapagipe e Urandi. Na Rua Itapagipe, no trecho de mão dupla, está a Escola Estadual Benjamim Guimarães e, mais para baixo, fica o Hospital São Francisco, onde é mão única de sentido.
Segundo a Irmã Maria Lúcia, secretária na creche, este é um dos maiores gargalos no local, pois o trânsito pesado e a falta de estacionamento regulamentar dificultam o acesso e parada dos veículos prestadores de serviço, e também das vans e carros que param para desembargar as crianças. “O que a gente gostaria era de ter aqui (na Itapagipe) mão única e estacionamento regulamentar, para vans e escolares que deixam e buscam as crianças”, explicou.
Além das crianças, pela portaria da Rua Itapagipe passam ainda cargas de alimentação, compras e doações que a creche recebe. Segundo a Irmã Maria Lúcia, hoje os caminhões de entrega param em qualquer das três portarias e o que determina onde será a descarga é a possibilidade de vaga, pois não existe vaga regulamentar para este fim. “Recebemos duas a três vezes por semana caminhões com alimentos perecíveis da Segurança Alimentar da Prefeitura. Temos entrega de gás e doações. Eles param onde têm vaga, mas o ideal seria na rua de trás (Itamaracá)”, explicou a irmã.
A Rua Itamaracá, assim como a Itapagipe, é mão dupla, e carros estacionam nos dois lados da via. Além da constante ocorrência de conflitos entre os motoristas, pois quando há carros estacionados, dois carros não passam ao mesmo tempo pelo local, a carga e descarga que poderia ser feita ali não é possível por falta de vaga.
Já a Rua Urandi é de sentido único e do lado contrário à portaria da creche está o Hospital São Francisco. Segundo a Irmã Maria Lúcia, este portão dá acesso às rampas internas e por lá é que se faz a entrada segura de pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e idosos. Entretanto, a via que permite estacionamento nos seus dos dois lados está sempre sobrecarregada com veículos de funcionários e visitantes do hospital. “Quando fazemos um evento, é por aqui que entram os avós e pessoas com deficiência; mas é difícil porque sempre tem carro estacionado e aí não dá nem para a pessoa descer”, contou a Irmã Lúcia, lembrando que a creche tem ainda uma cadeirante, que por vezes precisa entrar no colo de alguém pela portaria da Rua Itapagipe.
Encaminhamentos
Segundo o gerente de Ação Regional Nordeste e Leste da BHTrans, Robson dos Santos, e o técnico de Transporte e Trânsito, Itamar Bahia, a visita foi importante e mostrou que o local necessita de uma intervenção e de um projeto que ordene o trânsito no entorno. Para os técnicos, o mais viável seria estender a mão única nas Ruas Itapagipe e Itamaracá e demarcar, em todas as três vias, a sinalização que irá garantir a carga e descarga (Rua Itamaracá) e a vaga para a pessoa com deficiência (Rua Urandi), além do estacionamento de vans e escolares na Rua Itapagipe.
Segundo o gerente, após estudos da equipe técnica, o projeto viário será elaborado e antes da sua implantação será apresentado à comunidade do entorno para ser aprovado. “Temos uma gerência específica (mobilização) para tratar com a comunidade e as reuniões são para expor o projeto; e na apresentação a gente pode mudar alguma coisa que um morador observou que possa vir a acrescentar”, explicou.
O vereador Edmar Branco, agradeceu a presença dos representantes da BHTrans e da Coordenadoria Regional Nordeste e considerou a visita proveitosa. Para ele, as mudanças nas vias do entorno da creche serão importantes não só para a segurança das crianças atendidas na entidade e na escola municipal, mas também para os moradores e pessoas que transitam pelo local. “As irmãs não estão pedindo mudanças só para a creche, mas para a região, para o entorno e para quem convive com este problema que já se arrasta há tanto tempo”, lembrou o vereador.
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